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"Oportunamente" Banco de Portugal divulga resultados da venda do Novo Banco
"Oportunamente, o Banco divulgará o resultado do processo negocial que está a desenvolver para concretizar a venda do Novo Banco SA", diz o regulador do sector financeiro em reacção às notícias que dão conta do adiamento da operação.
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Não há confirmações oficiais nem desmentidos. É com uma declaração com poucas novidades que o Banco de Portugal reage às notícias que dão conta do adiamento da venda do Novo Banco.
"Oportunamente, o Banco divulgará o resultado do processo negocial que está a desenvolver para concretizar a venda do Novo Banco SA", indica a resposta do regulador ao Negócios, igual à que tem sido enviada aos vários órgãos de comunicação social.
Não é esclarecido se, efectivamente, continuam a decorrer negociações com a Fosun, a segunda candidata ao Novo Banco depois de falhadas as negociações com a Anbang, se já passaram para o terceiro concorrente, o fundo norte-americano Apollo, ou em que fase do processo negocial se encontra o banco.
A única indicação é: "Como já é do conhecimento público, o Banco de Portugal iniciou uma fase de negociações (Fase IV - Decisão Final) com os potenciais compradores que apresentaram propostas vinculativas durante a Fase III do procedimento de venda do Novo Banco".
O Diário Económico e o Sol escrevem que a venda do Novo Banco deverá voltar a ser adiada, sendo esta sexta-feira, 11 de Setembro, o último dia de negociações entre o Fundo de Resolução, detido pelos bancos, e a Fosun – a segunda melhor classificada nas manifestações de interesse de compra do banco liderado por Stock da Cunha.
O Banco de Portugal tem-se mantido sempre em silêncio sobre a operação, não adiantando informações sobre o processo de venda do banco herdeiro dos activos e passivos considerados saudáveis do Banco Espírito Santo.
O Novo Banco recebeu 4,9 mil milhões de euros para se capitalizar a 3 de Agosto de 2014, através do Fundo de Resolução da banca, 3,9 mil milhões de euros dos quais de dinheiro estatal, mil milhões da banca.
"O Banco de Portugal reserva-se no direito de, livremente, a todo o tempo e até à decisão final, modificar (nomeadamente adicionando, alterando ou cancelando fases), suspender, reiniciar ou cancelar o procedimento, sempre com respeito pelos princípios gerais que regem o procedimento e pelas finalidades da medida de resolução, em conformidade com o estabelecido no Regime Geral de Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras", assinala o caderno de encargos da venda.
(Notícia corrigida às 13h40: por lapso, nome do presidente do Novo Banco estava errado)