Notícia
O problema do malparado na banca vai ficar resolvido?
O último ano foi de diminuição do peso dos activos não rentáveis, como crédito malparado. Não chega. Não houve veículo, mas há uma plataforma. Só que cada banco tem de seguir o seu plano individual. O que leva tempo.
Os bancos portugueses têm vindo a reduzir o peso do crédito malparado e de outros activos não rentáveis, mas não o suficiente. O Banco de Portugal e o Governo reconhecem-no como um problema ainda por resolver. E nem a plataforma de gestão constituída pelas três principais instituições do sistema tirará o tema de cima da mesa.
Em Junho do ano passado, contavam-se, no balanço dos bancos, 42,3 mil milhões de euros em activos não produtivos, sobretudo crédito malparado, os chamados NPE. O número representa uma quebra de 16% no espaço de um ano, segundo dados divulgados pelo Banco de Portugal.
"Não obstante esta evolução positiva, o esforço ainda necessário para reduzir os activos não produtivos para níveis mais sustentáveis é considerável. É neste contexto que assumem especial relevância os trabalhos que têm vindo a ser desenvolvidos para acelerar a redução destes activos no balanço dos bancos em Portugal", assinalou a vice-governadora, Elisa Ferreira, no Fórum Banca, que se realizou no final de Novembro.
Foi precisamente aí que o Governo também admitiu que este era um problema por resolver. "Com o sistema financeiro estabilizado e um sector bancário mais capitalizado, subsiste o desafio do crédito malparado", considerou o secretário de Estado Adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix.
Um problema que permanece e que, em 2017, não pôde ser resolvido com a criação de um veículo para o malparado. Não houve acordo entre o Governo português, o Banco de Portugal e a Comissão Europeia sobre a forma como sairiam os créditos dos balanços nem sobre os remédios a que os bancos teriam de responder se houvesse uma ajuda do Estado, como uma garantia.
Os principais bancos, Caixa Geral de Depósitos, BCP e Novo Banco, que são também os que têm um maior peso do malparado nos balanços, acordaram a constituição de uma plataforma para gerir estes empréstimos que têm em comum. A entidade abriu as portas a outras instituições que queiram participar, desde que tendo devedores em comum. Neste caso, os créditos não saem dos balanços dos bancos, mas passam a ser geridos em conjunto, o que tem como objectivo acelerar o processo de resolução de cada caso.
Contudo, como admite o próprio Governo, a plataforma tem de ser "conjugada com um enquadramento legal e institucional", nomeadamente no que diz respeito ao processo de recuperação de empresas. O que leva tempo a criar.
Mesmo assim, nem todo o problema do malparado ficará resolvido porque não é extensível a todas as instituições nem a todos os devedores. Assim, pelo meio, os bancos têm de continuar a seguir o trajecto que têm feito: diminuir os créditos malparados, com amortizações e com a venda de carteira.
Só com a diminuição destes activos haverá condições para a rentabilidade na banca.
Em Junho do ano passado, contavam-se, no balanço dos bancos, 42,3 mil milhões de euros em activos não produtivos, sobretudo crédito malparado, os chamados NPE. O número representa uma quebra de 16% no espaço de um ano, segundo dados divulgados pelo Banco de Portugal.
Foi precisamente aí que o Governo também admitiu que este era um problema por resolver. "Com o sistema financeiro estabilizado e um sector bancário mais capitalizado, subsiste o desafio do crédito malparado", considerou o secretário de Estado Adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix.
Um problema que permanece e que, em 2017, não pôde ser resolvido com a criação de um veículo para o malparado. Não houve acordo entre o Governo português, o Banco de Portugal e a Comissão Europeia sobre a forma como sairiam os créditos dos balanços nem sobre os remédios a que os bancos teriam de responder se houvesse uma ajuda do Estado, como uma garantia.
Os principais bancos, Caixa Geral de Depósitos, BCP e Novo Banco, que são também os que têm um maior peso do malparado nos balanços, acordaram a constituição de uma plataforma para gerir estes empréstimos que têm em comum. A entidade abriu as portas a outras instituições que queiram participar, desde que tendo devedores em comum. Neste caso, os créditos não saem dos balanços dos bancos, mas passam a ser geridos em conjunto, o que tem como objectivo acelerar o processo de resolução de cada caso.
Contudo, como admite o próprio Governo, a plataforma tem de ser "conjugada com um enquadramento legal e institucional", nomeadamente no que diz respeito ao processo de recuperação de empresas. O que leva tempo a criar.
Mesmo assim, nem todo o problema do malparado ficará resolvido porque não é extensível a todas as instituições nem a todos os devedores. Assim, pelo meio, os bancos têm de continuar a seguir o trajecto que têm feito: diminuir os créditos malparados, com amortizações e com a venda de carteira.
Só com a diminuição destes activos haverá condições para a rentabilidade na banca.