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Bancos despediram quatro mil trabalhadores em 2017
A grande tormenta que atravessou a banca nacional parece já ter passado, mas 2017 foi, em termos laborais, o pior ano do sector em Portugal, com o abandono de cerca de quatro mil trabalhadores, segundo as contas do Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários.
Ainda este sábado, uma notícia da Lusa avançava que, de acordo com os últimos resultados divulgados, datados de Setembro passado, os cinco principais bancos que operam em Portugal tinham fechado em 2017 um total de 349 agências e cortado 1.300 empregos.
Mas segundo as contas do Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários, em notícia publicada no "DN" de hoje, 31 de Dezembro, entre rescisões e saídas para a reforma e pré-reforma, este ano deverão ter abandonado a banca cerca de quatro mil trabalhadores.
Aos 1.300 postos de trabalho cortados nos primeiros nove meses do ano, só os cinco maiores do sector - CGD, BPI, Santander Totta, Novo Banco e BCP - deverão ter riscado das suas folhas de pessoal, nos últimos três meses, mais cerca de sete centenas de trabalhadores, adianta o mesmo diário.
"Em 2018 já estão anunciadas novas rescisões, mas a um ritmo mais baixo", afirmou Paulo Marcos, presidente do sindicato.
No ano passado, deverão ter deixado o sector cerca de três mil funcionários. No final de 2010, antes da chegada da troika a Portugal, a banca empregava 56.844 pessoas, mas até Junho deste ano mais de dez mil desse universo laboral ficaram sem emprego ou entraram na reforma.
Relativamente à rede de balcões, dos 6.240 que existiam no final de 2010, mais de 2.500 foram encerrados.