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Mutualistas do Montepio dão esta quinta-feira opinião sobre maior autonomia da gestão da Caixa Económica

Um presidente da Caixa Económica Montepio Geral diferente do presidente da sua casa-mãe, a Associação Mutualista. Este é um dos pontos dos estatutos alterados da Caixa que serão deliberados esta quinta-feira.

Bruno Simão
24 de Junho de 2015 às 20:00
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É para as 20 horas desta quinta-feira, 25 de Junho, que está agendada a assembleia-geral do Montepio Geral – Associação Mutualista. A palavra é pedida aos mutualistas, a reunirem-se na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa, para que se pronunciem sobre a alteração de estatutos da Caixa Económica, que, entre outros aspectos, faz com que esta entidade passe a ter um presidente distinto do líder da associação.

 

Na votação desta modificação parcial dos estatutos da Caixa Económica Montepio Geral podem participar os associados maiores de idade e que estejam admitidos na associação há mais de dois anos. E não estando o número mínimo de votantes necessário para a aprovação do ponto único da agenda, já há nova data para o encontro: o mesmo dia, uma hora mais tarde.

 

"Como para a assembleia-geral funcionar, em primeira convocação, é exigível a presença de, pelo menos, metade dos associados efectivos, com direito a nela participar (artigo 23.º, n.º 1 dos estatutos do Montepio Geral – Associação Mutualista), número que é de admitir não consiga alcançar-se, desde já se convoca a assembleia para reunir, em 2.ª convocação, no mesmo dia e local, pelas 21:00 horas, podendo então deliberar com qualquer número de associados", indica a convocatória presente no site oficial.

 

A Caixa Económica já aprovou a modificação dos seus próprios estatutos, cuja medida mais mediática é a da separação da presidência. Agora, tem de receber a aprovação da Associação Mutualista, que detém 100% do capital da caixa. Entre outros aspectos, também a administração da Caixa poderá ser alargada, podendo ter até sete membros, mais dois do que até aqui.

 

Este é um passo necessário para que José Félix Morgado possa ser candidato à presidência da instituição financeira, substituindo António Tomás Correia, que já anunciou que se quer candidatar às eleições que, no final de 2015, se irão realizar na Associação Mutualista. 

O factor eleições tem sido avançado pela actual administração para explicar o momento atribulado da vida do Montepio, que tem sido alvo de notícias sobre falta de fiscalização -foi, até, criada uma associação, denominada Salvem o Pelicano. A Caixa Económica está sob a supervisão do Banco de Portugal (foi até alvo de uma auditoria especial a procedimentos praticados na instituição financeira) mas a Associação Mutualista, que emite produtos vendidos os balcões da sua instituição financeira, encontra-se sem supervisão clara, sendo observada pelo Ministério da Solidariedade Social devido ao seu carácter associativo. A semana passada, o presidente Tomás Correia foi noticiada a carta escrita aos clientes para os tranquilizar. 

Entretanto, a Caixa Económica vai ser alvo de um aumento de capital, através de um instrumento chamado fundo de participação, cujo valor total da operação - 200 milhões de euros - será subscrito na totalidade pela Associação Mutualista.

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