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Moody’s corta "outlook" do sistema bancário nacional

Depois da Fitch, foi a vez de a Moody’s avançar com um corte da perspetiva dos bancos nacionais. Uma decisão suportada pelo impacto que a pandemia terá na rentabilidade do setor.

O impacto da pandemia que está a assolar Portugal, e o resto do mundo, vai      limitar os planos dos bancos para reduzir o crédito malparado.
David Cabral Santos
16 de Abril de 2020 às 08:40
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A Moody’s decidiu cortar o "outlook" do setor bancário nacional. Para a agência de notação, a rentabilidade dos bancos será afetada pelo aumento dos créditos problemáticos e das provisões, num período marcado pelo impacto da pandemia na economia. 

Além de Portugal, a decisão da Moody's, de rever a perspetiva de estável para negativa, aplica-se também aos sistemas financeiros da Noruega, Finlândia e Hungria, de acordo com um comunicado da agência, citado pela Bloomberg. Já o setor bancário da Eslováquia passou de positivo para negativo.

"Esta alteração reflete os possíveis efeitos do coronavírus na Europa, com a Moody's a projetar uma contração económica no primeiro e segundo trimestres", nota a entidade.

Apesar de realçar que na maioria dos sistemas bancários, a "liquidez é forte e as almofadas de capital são substanciais", a agência de notação alerta para um aumento do crédito malparado.

"Os créditos problemáticos dos bancos vão aumentar neste cenário", assim como as provisões constituídas para fazer face a perdas, o que "vai reduzir a rentabilidade, que já é baixa para a maioria dos bancos europeus em comparação com os seus pares globais". 

Antes da Moody's, também a Fitch avançou com alterações ao "outlook" de alguns bancos nacionais. A agência reduziu de estável para negativa a perspetiva do Santander Totta, BPI e CGD. Já o BCP passou de positivo para negativo. Colocou ainda em vigilância negativa o "rating" do Montepio. 

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