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Montepio vende 321 milhões de euros de crédito malparado

O montante bruto alienado foi de 321 milhões de euros, numa carteira que englobou aproximadamente 13 mil contratos, revela o banco em comunicado. A carteira foi vendida à empresa Panorama Jubilante.

Vitor Mota/Cofina
26 de Julho de 2019 às 12:02
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O Banco Montepio vendeu um valor bruto de 321 milhões de euros em crédito malparado, num esforço para libertar a entidade de ativos tóxicos que ainda pesam no balanço. A carteira foi alienada à empresa Panorama Jubilante.

"O montante bruto alienado foi de 321 milhões de euros, numa carteira que englobou aproximadamente 13 mil contratos", de acordo com o comunicado enviado pelo banco à CMVM esta sexta-feira, 26 de julho. Adianta ainda que a "concretização desta operação materializa a estratégia do Banco Montepio de contínua redução de ativos não produtivos".

Segundo a instituição financeira liderada por Dulce Mota, esta venda foi assinada no dia 12 de julho. "Após um processo de venda competitivo, foi celebrada uma escritura pública de venda de uma carteira de créditos não produtivos (non-performing loans), sob a forma de venda direta, à empresa Panorama Jubilante". Uma entidade que, segundo o Montepio, é "validamente constituída e regida pelas leis portuguesas, com sede em Portugal". 

Este é mais um passo por parte do banco detido pela Associação Mutualista Montepio Geral para "limpar" os empréstimos em incumprimento. No final do ano passado, o Montepio anunciou ter vendido 239 milhões de euros de crédito malparado à irlandesa Mimilus Finance DAC. Em causa estava um portefólio com 10 mil contratos, conforme revelou o banco à data. 

Não é, porém, o único banco a apostar na venda de carteiras de ativos tóxicos. Também o Novo Banco tem vindo a alienar malparado e imóveis. Mais recentemente, concluiu a venda de perto de 400 milhões de euros em imóveis, o projeto conhecido como Sertorius. Por vender estão ainda outros 3 mil milhões de euros em empréstimos em incumprimento. 

De acordo com a Bloomberg, a Bain Capital Credit e a Davidson Kempner apresentaram propostas vinculativas por esta carteira. A agência avançou ainda que o banco deverá tomar uma decisão final sobre este processo até ao final do mês de julho.

(Notícia atualizada às 12:15 com mais informação)
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