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Novo Banco reduz rácio de malparado para 15% com venda de carteira

O banco oficializou esta quinta-feira a venda de uma carteira de ativos tóxicos de quase três mil milhões de euros a um fundo norte-americano. A operação permite ao Novo Banco reduzir o rácio de crédito malparado para 15%, em comparação com 20,7% no primeiro semestre.

Rafael Marchante
05 de Setembro de 2019 às 18:41
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O Novo Banco fechou a venda de uma carteira de ativos tóxicos de três mil milhões de euros, que ficou conhecida por "Nata 2", ao fundo norte-americano Davidson Kempner. Uma operação, anunciada na quarta-feira pela Bloomberg e oficializada agora pelo banco, que permite reduzir o rácio de crédito malparado da instituição financeira para 15%.

"O Novo Banco informa que, após conclusão de um processo de venda competitivo, o Novo Banco e o Arrábida-Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado celebraram um contrato de compra e venda de uma carteira de créditos não produtivos (non-performing loans) e ativos relacionados (no seu conjunto, Projeto Nata II)", diz o comunicado enviado pelo banco à CMVM, esta quinta-feira, 5 de setembro.

De acordo com a instituição financeira liderada por António Ramalho, a operação foi fechada com um "valor original aproximado total de 2.732 milhões de euros e um valor bruto contabilístico de 1.713 milhões de euros com a Burlington Loan Management, uma sociedade afiliada e aconselhada pela Davidson Kempner".

O valor não corresponde aos três mil milhões de euros referidos inicialmente. Isto porque, conforme explica fonte do Novo Banco, o banco decidiu desde logo reservar a possibilidade de retirar créditos incluídos inicialmente, se tivesse propostas mais favoráveis. Isto aconteceu com cerca de uma dezena de casos. 

A mesma fonte refere ainda que o desconto na operação foi de 89% sobre o valor bruto contabilístico. Já sobre o valor líquido foi de 35%.

Rácio de NPL cai para 15%
O banco refere ainda que o valor de venda da carteira alcançou os 191 milhões de euros, "estando a carteira transacionada sujeita a ajustamentos de perímetro usuais nestas transações até à sua concretização".

Quanto ao impacto direto da operação nos resultados do Novo Banco, este deverá ser negativo em 106 milhões de euros este ano, nota ainda a entidade, que prevê que a transação fique concluída nos próximos meses, "assim que reunidas todas as condições necessárias à sua formalização". 

Para a instituição financeira, "esta transação representa mais um importante passo no processo de desinvestimento de ativos não produtivos (NPA - non-performing assets) e permitirá acelerar a sua redução". A operação permitiu ao Novo Banco reduzir o rácio de Non-Performing Loans (NPL) para 15%, explica fonte do Novo Banco. No final do primeiro semestre, este situava-se nos 20,7%.

(Notícia atualizada às 18:55 com mais informação)
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