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Marcelo diz que "prejuízo bastante inferior" da CGD é exemplo de "tranquilidade"

O Chefe de Estado considera um sinal de "tranquilidade" os prejuízos abaixo do esperado e o facto de o plano de recapitalização e a emissão de obrigações estarem a correr como esperado.

Paulo Duarte/Negócios
10 de Março de 2017 às 17:51
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O Presidente da República considera que o facto de a Caixa Geral de Depósitos (CGD) ter apresentado prejuízos relativos ao ano passado menores do que os esperados é um exemplo de "tranquilidade" para o banco público e para o sector financeiro.


"Um exemplo de tranquilidade é a apresentação das contas, com um prejuízo bastante inferior àquele que se pensava. É estar a avançar o plano de reestruturação, de recapitalização, a primeira fase de emissão de obrigações. Tudo isso é bom para a Caixa, para o sistema bancário português e para Portugal," afirmou o chefe de Estado esta sexta-feira, 10 de Março.


Marcelo Rebelo de Sousa, que falava aos jornalistas à saída da Universidade de Lisboa, referia-se aos 1.859 milhões de euros de resultado líquido negativo entretanto conhecidos esta sexta-feira e que ficaram abaixo dos 3.000 milhões de euros inicialmente esperados.

Face a este mau resultado, mas melhor que o esperado, o Chefe de Estado diz que é possível que a capitalização pública prevista "desça um pouco". Com a redução dos prejuízos em relação ao estimado, o aumento de capital que antes estava previsto atingir os 2.700 milhões reduz-se para 2.500 milhões e a emissão de dívida perpétua que Bruxelas exige caiu de 1.000 milhões para 930 milhões.

As declarações do Presidente surgem poucas horas depois de Bruxelas ter dado luz verde à recapitalização de 3.900 milhões de euros do banco público.


Marcelo Rebelo de Sousa não quis no entanto adiantar-se em relação à forma como o INE e o Eurostat poderão contabilizar no défice a capitalização para cobrir as imparidades da Caixa Geral de Depósitos, nomeadamente face à possibilidade, sugerida pelo primeiro-ministro António Costa, de diluir esse efeito pelos anos em que as imparidades se registaram. "Vamos ver, não vale a pena estar a pronunciar-me agora sobre esta matéria," afirmou. 

Quando questionado sobre o pedido feito pelo PSD para ouvir no Parlamento o presidente da Caixa, Paulo Macedo, e o ministro das Finanças, Mário Centeno, o Presidente reconheceu que "pode ser interessante saber porque é que, sendo um valor tão grande, de 3 mil milhões [de prejuízos] tenha passado para 1,9 mil milhões".


(Notícia actualizada às 18:01 com mais informação)

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