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Malparado recua mas ainda representa 13,3% dos créditos da banca

A carteira de crédito malparado diminuiu 9,3 mil milhões de euros em Dezembro em relação a um ano anterior, de acordo com o Banco de Portugal.

Miguel Baltazar
05 de Abril de 2018 às 13:36
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Os bancos continuam a livrar-se do crédito malparado ("non-performing loans", NPL), mas estes empréstimos em que a probabilidade de reembolso é mais reduzida ainda representam uma percentagem de dois dígitos nas carteiras.

 

"O rácio de NPL diminuiu 1,3 p.p. no trimestre, passando a situar-se em 13,3%", revela o relatório do Banco de Portugal sobre o "Sistema Bancário Português: Desenvolvimentos Recentes", relativo ao quarto trimestre do ano passado.

 

O rácio de 13,3% em Dezembro do ano passado compara com os 17,2% de um ano antes e de 17,9%, altura em que o crédito malparado chegou a um máximo histórico em Portugal.

 

"O ‘stock’ de NPL reduziu-se 9,3 mil milhões de euros face a Dezembro de 2016 e 13,5 mil milhões em relação ao máximo atingido em Junho de 2016", revela o relatório do Banco de Portugal sobre o "Sistema Bancário Português: Desenvolvimentos Recentes", relativo ao quarto trimestre do ano passado.

 

Segundo o gráfico apresentado pelo supervisor, o total de crédito malparado ascendia a 38,8 mil milhões de euros em Dezembro. A maior quebra deveu-se às sociedades não financeiras que, ainda assim, são aquelas em que o peso do malparado é mais elevado.

 

"Em Dezembro 2017, o rácio de cobertura de NPL por imparidades era de 49,3%, aumentando 2,8 p.p. face ao trimestre anterior. Esta evolução ficou a dever-se a um acréscimo de 3,4 p.p. do rácio de cobertura do segmento das sociedades não financeiras. Por sua vez, o rácio de cobertura de NPL do sector privado não financeiro aumentou 2,4 p.p. face a Setembro de 2017", indica ainda o mesmo relatório do governador.

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