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Luanda Leaks: BCE "não está feliz" com falta de harmonização na avaliação de idoneidade
O caso Luanda Leaks, que coloca Isabel dos Santos no centro de uma investigação, foi abordado durante uma conferência de imprensa com Andrea Enria, presidente do Conselho de Supervisão do BCE.
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Andrea Enria, presidente do Conselho de Supervisão do BCE, afirma "não estar feliz" com o facto de as regras de avaliação da idoneidade que existem na Zona Euro não estarem harmonizadas. Questionado sobre o caso de Isabel dos Santos, o responsável afirma que o chamado "fit and proper" deve ser realizado sempre que haja dados novos.
"Não posso comentar casos específicos", começou por dizer Enria quando questionado numa conferência de imprensa, esta terça-feira, sobre o "Luanda Leaks" e o envolvimento de Isabel dos Santos, detentora de uma posição de 42,5% no EuroBic que está agora à venda.
Ainda assim, o responsável disse "não estar muito feliz". "Não é com o nosso desempenho ou com o do Banco de Portugal", mas sim com as dificuldades que as diferentes legislações impõem. "É muito difícil para nós fazermos um fit and proper de forma adequada. É uma das áreas menos harmonizadas", disse.
"Isto significa que podemos ter avaliações que não são positivas, mas não podemos atuar porque a legislação local não nos permite", salientou, dizendo que "gostaríamos de ter uma forma comum de fazer as avaliações".
O presidente do Conselho de Supervisão afirmou ainda que as avaliações de idoneidade não devem acontecer apenas uma vez. "Sempre que há novos dados devemos reavaliar" os acionistas e gestores "e reconsiderar". Isto "é algo que fazemos cada vez mais", disse Enria.
Em causa está a investigação do consórcio internacional de jornalistas que, através da análise de mais de 700 mil documentos, revelou que Isabel dos Santos e o seu marido terão desviado milhões de dólares para o Dubai.
Este caso já provocou várias baixas nas entidades envolvidas. Isabel dos Santos está a vender as suas participações no EuroBic e na Efacec. Além disso, três administradores não executivos da Nos apresentarem entretanto a sua renúncia aos cargos.
"Não posso comentar casos específicos", começou por dizer Enria quando questionado numa conferência de imprensa, esta terça-feira, sobre o "Luanda Leaks" e o envolvimento de Isabel dos Santos, detentora de uma posição de 42,5% no EuroBic que está agora à venda.
"Isto significa que podemos ter avaliações que não são positivas, mas não podemos atuar porque a legislação local não nos permite", salientou, dizendo que "gostaríamos de ter uma forma comum de fazer as avaliações".
O presidente do Conselho de Supervisão afirmou ainda que as avaliações de idoneidade não devem acontecer apenas uma vez. "Sempre que há novos dados devemos reavaliar" os acionistas e gestores "e reconsiderar". Isto "é algo que fazemos cada vez mais", disse Enria.
Em causa está a investigação do consórcio internacional de jornalistas que, através da análise de mais de 700 mil documentos, revelou que Isabel dos Santos e o seu marido terão desviado milhões de dólares para o Dubai.
Este caso já provocou várias baixas nas entidades envolvidas. Isabel dos Santos está a vender as suas participações no EuroBic e na Efacec. Além disso, três administradores não executivos da Nos apresentarem entretanto a sua renúncia aos cargos.