Notícia
Seis bancos falham requisitos de capital do BCE
Num total de 109 bancos que participaram na avaliação do Banco Central Europeu, seis não cumprem os requisitos de rácio de capital exigidos pelo regulador.
Seis bancos da Zona Euro falharam os requisitos de capital exigidos pelo Banco Central Europeu (BCE). Os dados foram revelados pelo regulador esta terça-feira, naquela que foi uma avaliação em que participaram mais de 100 instituições financeiras.
"Seis dos 109 bancos que participaram na avaliação revelaram níveis [do rácio de capital] CET1 abaixo" dos que são exigidos pelo BCE, afirmou a entidade, citada pela Reuters. Foi a primeira vez que o BCE publicou uma lista a detalhar os requisitos de capital para cada banco, exceto para aqueles que não autorizaram esta publicação.
Em quatro casos, a questão ficou resolvida até ao final de 2019. Já aos dois bancos que não apresentaram níveis satisfatórios no último trimestre de 2019, "foram pedidas medidas corretivas dentro de um calendário preciso", explicou Andrea Enria, presidente do Conselho de Supervisão do BCE, numa conferência de imprensa realizada esta terça-feira.
Para o responsável, o resultado foi "bastante satisfatório". Ainda assim, sublinhou os receios em relação aos modelos de negócio dos bancos, governance e riscos operacionais, referindo-se provavelmente aos casos mais recentes de lavagem de dinheiro em países como Letónia e Malta.
"Resumidamente, estamos particularmente preocupados com a governance dos bancos", referiu Enria na conferência, explicando que a "fraca governance pode ser fonte de muitos outros problemas", dando o exemplo do risco operacional. "O resultado do SREP nesta área é pior em comparação com o ano anterior e a maioria das perdas operacionais advêm do risco de conduta, que pode estar fortemente ligado a problemas de governance", referiu.
Esta deterioração da avaliação em torno do risco operacional "reflete o facto de os riscos cibernéticos terem aumentado num conjunto de bancos", notou ainda o presidente do Conselho de Supervisão do BCE, garantindo que "manteremos o foco virado para estes riscos através da realização de inspeções".
Outro problema referido por Enria é o "nível baixo da rentabilidade dos bancos", naquele que é um cenário de baixas taxas de juro. "Os bancos tendem a atribuir a responsabilidade da baixa rentabilidade a condições externas", como é o caso das taxas de juro negativas, regulação, maior concorrência das fintech e crescimento fraco da Zona Euro.
"Embora seja inegável que o cenário externo é desafiante, isto não vai mudar no curto prazo", defendeu. Nesse sentido, "os bancos precisam de aumentar os esforços para reorientar os modelos de negócio, aplicar estratégias eficazes de digitalização e avançar com melhorias mais radicais a nível da eficiência de custos".
"Seis dos 109 bancos que participaram na avaliação revelaram níveis [do rácio de capital] CET1 abaixo" dos que são exigidos pelo BCE, afirmou a entidade, citada pela Reuters. Foi a primeira vez que o BCE publicou uma lista a detalhar os requisitos de capital para cada banco, exceto para aqueles que não autorizaram esta publicação.
Para o responsável, o resultado foi "bastante satisfatório". Ainda assim, sublinhou os receios em relação aos modelos de negócio dos bancos, governance e riscos operacionais, referindo-se provavelmente aos casos mais recentes de lavagem de dinheiro em países como Letónia e Malta.
"Resumidamente, estamos particularmente preocupados com a governance dos bancos", referiu Enria na conferência, explicando que a "fraca governance pode ser fonte de muitos outros problemas", dando o exemplo do risco operacional. "O resultado do SREP nesta área é pior em comparação com o ano anterior e a maioria das perdas operacionais advêm do risco de conduta, que pode estar fortemente ligado a problemas de governance", referiu.
Esta deterioração da avaliação em torno do risco operacional "reflete o facto de os riscos cibernéticos terem aumentado num conjunto de bancos", notou ainda o presidente do Conselho de Supervisão do BCE, garantindo que "manteremos o foco virado para estes riscos através da realização de inspeções".
Outro problema referido por Enria é o "nível baixo da rentabilidade dos bancos", naquele que é um cenário de baixas taxas de juro. "Os bancos tendem a atribuir a responsabilidade da baixa rentabilidade a condições externas", como é o caso das taxas de juro negativas, regulação, maior concorrência das fintech e crescimento fraco da Zona Euro.
"Embora seja inegável que o cenário externo é desafiante, isto não vai mudar no curto prazo", defendeu. Nesse sentido, "os bancos precisam de aumentar os esforços para reorientar os modelos de negócio, aplicar estratégias eficazes de digitalização e avançar com melhorias mais radicais a nível da eficiência de custos".