Notícia
CGD passa no teste do BCE com "margem significativa"
De acordo com os requisitos mínimos impostos pelo BCE à CGD este ano, os rácios de capital do banco cumprem "com uma significativa margem". Isto reforça a perspetiva de um regresso da Caixa ao pagamento de dividendos este ano.
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) passou no teste do Banco Central Europeu com uma "margem significativa". De acordo com a instituição financeira, os rácios de capital do banco liderado por Paulo Macedo cumprem os requisitos mínimos exigidos pelo regulador este ano.
"Considerando os rácios da CGD em 31 de dezembro de 2018, são já cumpridos, com uma significativa margem, todos os novos rácios mínimos exigidos em matéria de CET1 (Common Equity Tier 1), Tier 1 e Rácio Total", lê-se no comunicado enviado esta terça-feira, 19 de fevereiro, à CMVM.
De acordo com as exigências do banco central, é imposto à CGD um rácio CET1, totalmente implementado e faseado, de 10,25% e 9,75% em 2019, respetivamente. As contas do banco para 2018 revelaram que ambos os rácios situavam-se nos 14,7% no final do ano passado.
Os requisitos mínimos de capital são divulgados depois de o banco ter apresentado lucros de 500 milhões de euros no ano passado, o que, de acordo com o "chairman" da CGD, Rui Vilar, coloca novamente a instituição financeira de regresso ao pagamento de dividendos.
Este pagamento não pode, porém, pôr em causa os rácios de capital do banco, como explicou o administrador José de Brito durante a "conference call" com analistas sobre os resultados de 2018. Ou seja, mesmo depois da entrega dos dividendos, os rácios têm de se manter acima do patamar dos 14%.
"Na nossa política de dividendos estabelecemos a necessidade de trabalhar sempre com almofadas de capital muito confortáveis porque estamos conscientes de que num abrandamento económico ou numa situação em que o banco precisa de capital não podemos angariar esse capital no mercado. Teremos sempre de passar por este processo de avaliação relativo à ajuda estatal", notou o administrador, salientando ainda que o objetivo é manter o rácio de capital CET1 "sempre acima dos 14% após o pagamento de dividendos".
Se este retorno levar o rácio a cair abaixo deste patamar, então "vamos recomendar que não se paguem dividendos".
Desde 2010, quando Fernando Faria de Oliveira estava à frente do banco estatal, que a Caixa não paga dividendos. Nesse ano, o pagamento proposto pelo banco foi de 250 milhões de euros (168 milhões de resultados, a que se juntou a utilização de 82 milhões em reservas livres). O Governo acabou por recusar a utilização das reservas, tendo-se ficado pelos 170 milhões.
(Notícia atualizada às 17:30 com mais informação)
"Considerando os rácios da CGD em 31 de dezembro de 2018, são já cumpridos, com uma significativa margem, todos os novos rácios mínimos exigidos em matéria de CET1 (Common Equity Tier 1), Tier 1 e Rácio Total", lê-se no comunicado enviado esta terça-feira, 19 de fevereiro, à CMVM.
Os requisitos mínimos de capital são divulgados depois de o banco ter apresentado lucros de 500 milhões de euros no ano passado, o que, de acordo com o "chairman" da CGD, Rui Vilar, coloca novamente a instituição financeira de regresso ao pagamento de dividendos.
Este pagamento não pode, porém, pôr em causa os rácios de capital do banco, como explicou o administrador José de Brito durante a "conference call" com analistas sobre os resultados de 2018. Ou seja, mesmo depois da entrega dos dividendos, os rácios têm de se manter acima do patamar dos 14%.
"Na nossa política de dividendos estabelecemos a necessidade de trabalhar sempre com almofadas de capital muito confortáveis porque estamos conscientes de que num abrandamento económico ou numa situação em que o banco precisa de capital não podemos angariar esse capital no mercado. Teremos sempre de passar por este processo de avaliação relativo à ajuda estatal", notou o administrador, salientando ainda que o objetivo é manter o rácio de capital CET1 "sempre acima dos 14% após o pagamento de dividendos".
Se este retorno levar o rácio a cair abaixo deste patamar, então "vamos recomendar que não se paguem dividendos".
Desde 2010, quando Fernando Faria de Oliveira estava à frente do banco estatal, que a Caixa não paga dividendos. Nesse ano, o pagamento proposto pelo banco foi de 250 milhões de euros (168 milhões de resultados, a que se juntou a utilização de 82 milhões em reservas livres). O Governo acabou por recusar a utilização das reservas, tendo-se ficado pelos 170 milhões.
(Notícia atualizada às 17:30 com mais informação)