Notícia
Advogados quase não reportam suspeitas de lavagem de dinheiro
Em três anos foram feitas “quatro ou cinco” participações, num universo de mais de 30 mil profissionais. O reporte é obrigatório por lei.
Os advogados estão obrigados a reportar suspeitas de branqueamento de capitais, mas nos últimos três anos foram apenas comunicadas "quatro ou cinco" participações, segundo adiantam ao jornal Público o antigo bastonário da Ordem dos Advogados, Guilherme Figueiredo, e o atual, Menezes Leitão.
A questão foi colocada a propósito das revelações do Luanda Leaks, que levanta questões sobre o papel dos advogados no desenho dos esquemas que terão permitido a Isabel dos Santos desviar milhões de dólares da petrolífera angolana Sonangol.
A lei em vigor desde 2007 obriga os advogados a reportarem situações de "sempre que saibam, suspeitem ou tenham razões suficientes para suspeitar que certos fundos ou outros bens, independentemente do montante ou valor envolvido, provêm de atividades criminosas ou estão relacionados com o financiamento do terrorismo".