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Banco sueco afunda em bolsa com suspeitas de lavagem de dinheiro

As ações do sueco SEB AB estão a afundar depois de o banco ter comunicado ao mercado que a televisão estatal da Suécia vai transmitir um programa sobre lavagem de dinheiro que envolve a instituição financeira.

15 de Novembro de 2019 às 11:04
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Há mais um banco sueco alegadamente envolvido num esquema de lavagem de dinheiro. Depois do Swedbank, é agora a vez de o SEB AB ficar no centro da polémica. As ações da instituição financeira estão a afundar.

Num comunicado divulgado esta sexta-feira, e citado pela Bloomberg, o banco diz ter sido contactado pela televisão estatal da Suécia, a SVT, para informá-lo de que vai transmitir um programa sobre branqueamento de capitais nos países bálticos que envolve a instituição financeira. 

O SEB, que tal como o Swedbank tem operações de relevo na região do Báltico, disse ter recebido questões da SVT, mas que não tinha conhecimento do conteúdo do programa. "De maneira a ser transparente, o SEB opta por divulgar a informação ao mercado", disse a entidade. 

De acordo com a Bloomberg, os títulos da instituição financeira estão a recuar 12,61% para 81,08 coroas suecas. Mas já chegaram a cair 15% durante a sessão, o que não acontecia desde o pico da crise financeira, no início de 2009. 

"O SEB está a ser arrastado para o pântano da lavagem de dinheiro no Báltico", afirmou Joakim Bornold, da Soderberg & Partners, à agência de notícias. "Porém, a queda das ações parece exagerada", disse ainda, acrescentando que a desvalorização pode dever-se mais às dúvidas em torno da dimensão do caso e não tanto à divulgação da informação. 

O banco sueco já disse que"tomará medidas de imediato" se for necessário. "Durante muito tempo, o SEB trabalhou para garantir que tem processos adequados para prevenir a lavagem de dinheiro", afirmou a instituição financeira. "Mas, como qualquer outro banco, o SEB não pode garantir" que isso não aconteceu, numa altura em que "surgem constantemente novos desafios e riscos".

O SEB não é o primeiro banco sueco a ser envolvido num escandâlo de branqueamento de capitais. 

Em fevereiro, a televisão sueca SVT também noticiou que meia centena de clientes do Swedbank realizaram transações suspeitas no valor de 40.000 milhões de coroas suecas para contas do Danske Bank, o maior banco dinamarquês, nos países bálticos entre 2007 e 2015. O caso acabou por levar à saída da presidente executiva, Birgitte Bonnesen.

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