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Escândalo do Swedbank agiganta-se com ligações a Manafort
As suspeitas de que o banco sueco terá facilitado um esquema de branqueamento de capitais incluem agora um nome sonante: Paul Manafort, o ex-diretor de campanha de Trump, que foi recentemente condenado por fraude financeira.
O Swedbank, sobre o qual recaíam suspeitas de lavagem de dinheiro, vê esta polémica ganhar novas dimensões depois de ter sido divulgado que o antigo diretor de campanha de Trump e recém-condenado pela justiça, Paul Manafort, está entre os indivíduos que terão recebido transferências suspeitas através do banco sueco.
O nome de Manafort foi trazido a público associado ao Swedbank pela estação de televisão sueca SVT esta quarta-feira, dia 27 de março. O banco sueco terá ludibriado os reguladores norte-americanos e terá facilitado pagamentos com origem no antigo presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, e que terão tido como destinatário Paul Manafort.
Paul Manafort foi condenado no passado dia 8 de março a três anos e 11 meses de prisão por fraude fiscal e bancária relacionada com o seu trabalho de consultoria para políticos ucranianos.
Também esta quarta-feira, a Autoridade Sueca de Crimes Económicos, tutelada pelo ministério da Justiça, fez uma rusga policial à sede do banco. Em causa está a suspeita de que a instituição terá avisado os grandes acionistas, no passado mês de fevereiro, de que a televisão sueca iria transmitir um programa sobre o escândalo de lavagem de dinheiro. As autoridades avançaram ao Financial Times que estavam a considerar a hipótese de ampliar a investigação sobre o Swedbank, algo que deveriam confirmar ou desmentir em breve.
As ações do banco seguem a perder 7,31% para 162,20 coroas suecas, o equivalente a 15,56 euros, mas já chegaram a descer 8,14% para as 160,75 coroas suecas – um mínimo de abril de 2016, ou seja, quase três anos.