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CEO do Swedbank despedida por envolvimento em lavagem de dinheiro na Estónia

O Conselho de Administração do Swedbank, um dos maiores bancos suecos, anunciou hoje que a presidente executiva (CEO), Birgitte Bonnesen, cessou funções por envolvimento no escândalo de lavagem de dinheiro na Estónia.        

Swedbank AB
Mikael Sjoberg/Bloomberg
28 de Março de 2019 às 12:04
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Em fevereiro, a televisão sueca SVT noticiou que meia centena de clientes do Swedbank realizaram transações suspeitas no valor de 40.000 milhões de coroas suecas (cerca de 4.000 milhões de euros) para contas do Danske Bank, o maior banco dinamarquês, nos países bálticos entre 2007 e 2015.       

 

"A evolução dos acontecimentos nos últimos dias criou uma enorme pressão no banco. Por isso, o conselho decidiu despedir Birgitte Bonnesen", sublinhou num comunicado o presidente do Swedbank, Lars Idermark.

 

O cargo de Bonnesen -- que segundo meios digitais suecos receberá uma indemnização de 20 milhões de coroas suecas (quase dois milhões de euros) -- será ocupado provisoriamente pelo até agora diretor financeiro, Anders Karlsson.

 

Por outro lado, o Ministério Público sueco decidiu na quarta-feira ampliar a investigação preliminar aberta no mês passado contra o banco por uma possível utilização de informação privilegiada para incluir o delito de fraude grave.

 

A investigação não inclui a questão de se houve lavagem de dinheiro em bancos bálticos, "mas apenas apurar como é que a direção do Swedbank tratou eventual informação sobre as suspeitas de branqueamento de dinheiro em relação à opinião pública e aos mercados".

 

As autoridades estónias e norte-americanas abriram investigações sobre a legalidade das transações suspeitas.

 

O Swedbank retirou esta semana a confiança a Bonnesen, que no outono rejeitou qualquer envolvimento no caso do Danske Bank, uma entidade que se acredita que serviu para lavar milhares de milhões de euros num dos maiores escândalos bancários dos últimos tempos.

 

A Estónia ordenou que o Danske Bank fechasse a subsidiária local depois de o banco dinamarquês ter admitido a lavagem de enormes quantias de dinheiro.

 

Novas revelações divulgadas recentemente indicam que a direção do Swedbank ocultou às autoridades financeiras dos Estados Unidos uma série de operações suspeitas de clientes em relação aos denominados "papéis do Panamá".

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