Notícia
Legado do BES agrava prejuízos do Novo Banco para 572 milhões até setembro
As perdas geradas pela "limpeza" do legado do BES agravaram os prejuízos do Novo Banco para 572 milhões no conjunto dos nove primeiros meses do ano.
O Novo Banco reportou um resultado líquido negativo de 572,3 milhões de euros no conjunto de janeiro a setembro deste ano, o que representa um agravamento de cerca de 150 milhões face às perdas de 419,6 milhões de euros que tinham sido registadas em igual período do ano passado.
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a instituição justifica que as contas continuam a ser penalizadas pela "limpeza" da herança deixada pelo antigo Banco Espírito Santo (BES), que gerou perdas de 712,4 milhões. A alienação de grandes carteiras de malparado, bem como da GNB Vida, foram as operações que tiveram maior impacto negativo.
Já olhando apenas para a atividade recorrente, há uma recuperação significativa. Nos primeiros nove meses do ano, o Novo Banco registou lucros de 140,1 milhões resultantes da atividade recorrente, um aumento de mais de 260% que o banco justifica com o crescimento da concessão de crédito e da margem financeira.
"O Novo Banco apresentou, nos primeiros nove meses de 2019, um resultado negativo de 572,3 milhões de euros, decorrente da combinação de uma perda de 712,4 milhões na atividade 'legacy' e de um ganho de 140,1 milhões de euros na atividade recorrente", indica o banco. "Neste período, o Novo Banco registou perdas relacionadas com o processo de reestruturação e desalavancagem de ativos não produtivos, designadamente o projeto Sertorius, o projeto Albatroz, o projeto Nata II e o processo de venda da GNB Vida, cujo impacto negativo ascendeu a 391 milhões de euros", acrescenta.
As contas agora divulgadas mostram ainda que as imparidades e provisões aumentaram em mais de 40%, para 640,9 milhões de euros no final de setembro. Este montante inclui 456,2 milhões de euros para crédito e 186,9 milhões para outros ativos e contingências. Nesta última parcela, 35,1 milhões dizem respeito a provisões para reestruturação e outros 169,8 milhões estão relacionados com as vendas de carteiras de malparado.
A carteira de crédito a clientes aumentou 1,3% para 25.076 mil milhões até setembro, enquanto o crédito malparado diminuiu em quase 13% e fixou-se em 5.871 milhões de euros. Já os recursos totais, onde se incluem os depósitos de clientes, aumentaram em 1% para 34.911 milhões.
Na margem financeira, houve uma subida de 22% para 401,7 milhões, que contribuiu para o aumento de 11,5% do produto bancário comercial para 631,2 milhões.
Banco "bom" cresce
Considerando apenas o banco "bom", ou o "recorrente", como é designado pelo Novo Banco, a tendência foi de melhoria. O crédito a clientes aumentou em 4% e ultrapassou os 23,3 mil milhões de euros, um crescimento verificado em todos os segmentos. O crédito às empresas cresceu 4%, os empréstimos à habitação aumentaram 5,5% e o crédito ao consumo subiu 3,1%.
Ainda assim, o volume de crédito malparado aumentou em mais de 7% para 1.406 milhões de euros, enquanto o rácio NPL ("non-performing loans", ou créditos não produtivos) aumentou de 5,2% para 5,6%.
Já o produto bancário cresceu 14,5% para 588,6 milhões, enquanto a margem financeira aumentou em 28,6% para 351,3 milhões, uma evolução explicada com "medidas de otimização concretizadas durante o exercício de 2018, o aumento do volume de crédito e o continuado enfoque na política de preços".
Notícia atualizada pela última vez às 17h43 com mais informação.
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a instituição justifica que as contas continuam a ser penalizadas pela "limpeza" da herança deixada pelo antigo Banco Espírito Santo (BES), que gerou perdas de 712,4 milhões. A alienação de grandes carteiras de malparado, bem como da GNB Vida, foram as operações que tiveram maior impacto negativo.
"O Novo Banco apresentou, nos primeiros nove meses de 2019, um resultado negativo de 572,3 milhões de euros, decorrente da combinação de uma perda de 712,4 milhões na atividade 'legacy' e de um ganho de 140,1 milhões de euros na atividade recorrente", indica o banco. "Neste período, o Novo Banco registou perdas relacionadas com o processo de reestruturação e desalavancagem de ativos não produtivos, designadamente o projeto Sertorius, o projeto Albatroz, o projeto Nata II e o processo de venda da GNB Vida, cujo impacto negativo ascendeu a 391 milhões de euros", acrescenta.
As contas agora divulgadas mostram ainda que as imparidades e provisões aumentaram em mais de 40%, para 640,9 milhões de euros no final de setembro. Este montante inclui 456,2 milhões de euros para crédito e 186,9 milhões para outros ativos e contingências. Nesta última parcela, 35,1 milhões dizem respeito a provisões para reestruturação e outros 169,8 milhões estão relacionados com as vendas de carteiras de malparado.
A carteira de crédito a clientes aumentou 1,3% para 25.076 mil milhões até setembro, enquanto o crédito malparado diminuiu em quase 13% e fixou-se em 5.871 milhões de euros. Já os recursos totais, onde se incluem os depósitos de clientes, aumentaram em 1% para 34.911 milhões.
Na margem financeira, houve uma subida de 22% para 401,7 milhões, que contribuiu para o aumento de 11,5% do produto bancário comercial para 631,2 milhões.
Banco "bom" cresce
Considerando apenas o banco "bom", ou o "recorrente", como é designado pelo Novo Banco, a tendência foi de melhoria. O crédito a clientes aumentou em 4% e ultrapassou os 23,3 mil milhões de euros, um crescimento verificado em todos os segmentos. O crédito às empresas cresceu 4%, os empréstimos à habitação aumentaram 5,5% e o crédito ao consumo subiu 3,1%.
Ainda assim, o volume de crédito malparado aumentou em mais de 7% para 1.406 milhões de euros, enquanto o rácio NPL ("non-performing loans", ou créditos não produtivos) aumentou de 5,2% para 5,6%.
Já o produto bancário cresceu 14,5% para 588,6 milhões, enquanto a margem financeira aumentou em 28,6% para 351,3 milhões, uma evolução explicada com "medidas de otimização concretizadas durante o exercício de 2018, o aumento do volume de crédito e o continuado enfoque na política de preços".
Notícia atualizada pela última vez às 17h43 com mais informação.