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Novo Banco deixa em aberto quanto dinheiro irá pedir ao Fundo de Resolução

O banco agravou os prejuízos para 572 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano. Assume que irá pedir nova injeção ao Fundo de Resolução para reforçar os capitais, mas não revela, para já, qual será o valor.

Miguel Baltazar/Negócios
08 de Novembro de 2019 às 16:56
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O Novo Banco não revela, para já, qual será o montante que irá pedir ao Fundo de Resolução para reforçar os rácios de capital e diz apenas que este valor irá depender de perdas, custos, recuperações e exigências de capital. Não confirma, assim, se irá necessitar de uma nova injeção, no valor de 700 milhões de euros, como o Jornal Económico noticiou esta sexta-feira, 8 de novembro.

"O Novo Banco tem os seus rácios de Common Equity Tier 1 (CET1) e Tier 1 protegidos em níveis predeterminados até aos montantes das perdas já verificadas nos ativos protegidos pelo Mecanismo de Capital Contingente. A compensação do final do ano dependerá das perdas e custos, das recuperações e das exigências de capital em vigor à data", indica a instituição em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Na edição desta sexta-feira, o Jornal Económico dava conta de que o Novo Banco iria pedir mais de 700 milhões de euros ao Fundo de Resolução, um montante que ultrapassa em 100 milhões a estimativa de necessidades que constava do Programa de Estabilidade do Governo e que, de acordo com o mesmo jornal, serviria para reduzir o rácio de crédito malparado da instituição.

Contudo, no relatório de resultados trimestrais agora divulgado, o Novo Banco destaca apenas que os rácios de capital foram reforçados. "Em setembro de 2019, o rácio CET1 foi de 13,5% e o rácio de solvabilidade total de 15,1%, valores que representam um aumento face aos apurados no final de 2018, devido ao aumento das reservas de capital aplicáveis ao Novo Banco em base sub-consolidada", refere o comunicado.

Na altura da venda de 75% do Novo Banco ao fundo norte-americano Lone Star, foi estabelecido um teto máximo de 3,89 milhões de euros que o Fundo de Resolução poderá injetar no banco, por via de um mecanismo de capital contigente que pode funcionar até 2025 (com um prazo extensível até 2026). Até agora, foram utilizados perto de 2 mil milhões de euros.

Quando apresentou os resultados do primeiro semestre, o Novo Banco indicava que deveria pedir mais 541 milhões de euros ao Fundo de Resolução para reforçar os capitais. Esse valor deixa de constar dos resultados do conjunto dos primeiros nove meses do ano e não é apresentada uma nova estimativa.

Notícia atualizada pela última vez às 17h48 com mais informação.
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