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Há mais três nomes na calha para o Montepio além de Teixeira dos Santos

"O Montepio não faz fretes políticos", garante Tomás Correia na SIC Notícias. Recusa ligações a partidos e diz que Teixeira dos Santos é apenas um nome. Há outros. Tomás Correia garante que o Montepio está sólido.

Pedro Elias/Negócios
23 de Abril de 2015 às 01:03
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A associação mutualista Montepio Geral vai separar a sua gestão da caixa económica com o mesmo nome, que controla. António Tomás Correia só vai ficar numa das entidades. O antigo ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, é um nome para ficar na outra entidade, mais precisamente na caixa económica. Mas há mais personalidades na calha.

 

"[Há] quatro nomes", admitiu Tomás Correia no programa Negócios da Semana, da SIC Notícias. Um deles é Teixeira dos Santos, como tem sido noticiado e foi confirmado na entrevista. Não quis dizer quem mais. Porque se sabe o nome de um e não de outros? A divulgação do nome pode ter tido, para o banqueiro, dois motivos: "Foi com o intuito de condicionar quem tem de decidir; ou de queimar. Qualquer das situações não é agradável".

 

Sobre o antigo governante, Tomás Correia disse apenas que "os associados do Montepio farão o seu juízo com base nas informações de que dispõem. Se a escolha vier a recair na pessoa de Teixeira dos Santos, fá-lo-ão em consciência".

 

Mas Tomás Correia defendeu que a alteração de estatutos que vai permitir a separação da gestão só estará pronta dentro de três meses, em Junho, pelo que há tempo para a discussão. E que conversas teve com as quatro pessoas?

 

"[Contactei-os] para uma actividade exploratória. Falámos sobre o Montepio, sobre a alteração em curso, a necessidade de que alguém assumisse [a caixa económica]", explicou o líder da caixa económica.  

 

Entretanto, também na mesma entrevista na SIC Notícias, Tomás Correia negou peso político na instituição que dirige: "O Montepio não faz fretes políticos". Além de esclarecer que não se lhe conhece actividade política partidária, o banqueiro relembrou que os seus antecessores não eram de aparelhos partidários: Silva Lopes, Costa Leal e Padre Melícias.

 

Ao longo da entrevista, Tomás Correia quis deixar claro que a mudança de estatutos, para a divisão da gestão da caixa e da associação que a controla, foi decidida por iniciativa própria e não por imposição do Banco de Portugal. "O Montepio há muito que trabalha no sentido de modernização do governo". 

 

Tomás Correia garante que Montepio está sólido

 

O Montepio "está sólido", garantia de presidente executivo. Na entrevista na SIC Notícias, o líder da caixa económica assegurou a protecção dos depósitos e o balanço superior ao dos outros bancos.

 

Mas, apesar disso, a caixa económica vai fazer um aumento de capital – com o reforço do capital do seu fundo de participação. "Fundamentalmente, para podermos continuar na linha do que fizemos ao longo dos últimos anos: a canalizar para a economia", explicou.

 

Mas Tomás Correia diz que não é uma imposição para reforçar a solidez do capital, com a melhoria dos rácios. Isso vai ser possível com a aprovação dos obrigacionistas, em assembleia-geral, de cláusulas dos títulos de dívida. "Estas obrigações subordinadas deixaram de ser elegíveis para capital de nível 2 porque, nas suas cláusulas, existem algumas matérias de pagamento de juros que não se coadunam". 

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