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Fosun investe no máximo 531 milhões para reforçar no BCP até 30%

Grupo chinês destaca os pontos positivos do aumento de capital do BCP e assinala que pretende ajudar o banco português a melhorar a sua rentabilidade.

Reuters
10 de Janeiro de 2017 às 09:26
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A Fosun, através da "holding" Chiado, vai investir um máximo de 531 milhões de euros para reforçar a sua posição no Banco Comercial Português (BCP) de 16,67% para 30%, através do aumento de capital que o banco português anunciou ontem que vai realizar.

 

A informação consta de um comunicado emitido pela Fosun, onde o grupo chinês detalha que tem uma ordem de subscrição para reforçar no BCP até 30% através desta operação. Tal como o Negócios noticiou ontem, ao subscrever 30% do aumento de capital de 1,33 milhões de euros que o BCP vai efectuar, a Fosun terá de investir mais de 400 milhões de euros. 

 

Este será o dinheiro que a Fosun vai injectar no BCP nesta operação de aumento de capital.  Contudo, para subscrever as novas acções além daquelas que tem direito por ser accionista, a Fosun terá que ir ao mercado comprar direitos de subscrição de modo a conseguir chegar aos 30% do capital.  Daí que o investimento total para reforçar no BCP ascenda a 531 milhões de euros.

 

Tendo em conta a cotação de abertura de hoje do BCP (0,90 euros), cada direito de subscrição de novas acções tem um valor teórico 0,756 euros. Cada direito vai depois permitir a subscrição de 15 novas acções, mediante o pagamento de 9,4 cêntimos por cada uma.

 

No âmbito do aumento de capital a Fosun aceitou comprometer-se com a manutenção em carteira por um período de três anos das acções do BCP que subscrever através do exercício dos direitos. Já as acções que comprar através do exercício dos direitos que vai adquirir no mercado não serão vendidas por um período de 30 dias.

 

Recorde-se que, em Novembro, a Fosun subscreveu um aumento de capital de 174,58 milhões de euros realizado pelo BCP e que se destinou à subscrição exclusiva do grupo chinês.

 

Após o primeiro investimento no BCP, realizado em Novembro último, a participação accionista da Fosun no BCP fixou-se em 16,67%, o que tornou o conglomerado chinês no maior accionista do banco. Se gastar o máximo que prevê no aumento de capital, a Fosun investirá um máximo de 705 milhões de euros para deter 30% do capital do BCP.

 

As vantagens do aumento de capital

 

No mesmo comunicado enviado ao regulador da bolsa chinesa, a Fosun explicita as vantagens da operação de reforço do capital do BCP, adiantando que o banco português "passará a ser um importante investimento do grupo chinês e uma plataforma financeira abrangente para ajudar a Fosun a expandir o negócio na Europa e África".

 

A Fosun compromete-se a aplicar as suas capacidades e outros recursos para ajudar o BCP a reforçar o seu negócio na China, bem como a melhorar a sua rentabilidade.

 

O grupo chinês destaca ainda que este investimento no BCP vai permitir reforçar a presença da Fosun na banca comercial internacional e na banca de investimento, bem como reforçar a sua presença no mercado português. Além disso, assinala a Fosun, vai permitir ao grupo chinês estender rapidamente a sua presença internacional com a entrada na Polónia, Moçambique, Angola e Suíça.

 

As acções do BCP seguem a cair 10,62% para 0,9306 euros e já atingiram um mínimo histórico nos 0,87 euros.

 

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