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Bolsa nacional no vermelho com o BCP a penalizar

A bolsa de Lisboa continua a negociar em terreno negativo, penalizada sobretudo pelas acções do Banco Comercial Português. Entre as restantes praças europeias o sentimento é de ganhos ligeiros.

11 de Janeiro de 2017 às 12:11
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A bolsa de Lisboa mantém a tendência negativa do arranque da sessão. O PSI-20 desce 0,48% para 4.596,10 pontos, com 12 empresas no vermelho e seis em alta. Esta que é a quinta sessão de perdas.

Um dos temas que marca a sessão em Lisboa é o regresso do Tesouro português com uma emissão sindicada de dívida, com a qual pretende arrecadar 3 mil milhões de euros, estando a oferecer aos investidores um "spread" de 360 pontos base acima da taxa "mid-swap" do euro, noticia a Bloomberg.


Entre as restantes praças europeias o sentimento é sobretudo de ganhos ligeiros num dia em que o mercado aguarda pela primeira conferência de imprensa do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. Será às 16:00 (hora de Lisboa).

O principal índice holandês lidera os ganhos no Velho Continente, subindo 0,32%, seguido pelo germânico DAX, que aprecia 0,29%. O Stoxx 600 ganha 0,24%. Além de Lisboa, apenas Atenas (-0,12%) e Milão (-0,03%) estão em queda.


Em Lisboa, as acções do BCP continuam a ser as que mais penalizam a bolsa nacional. Os títulos do banco liderado por Nuno Amado caem 6,19% para 86,6 cêntimos tendo, contudo, na actual sessão, desvalorizado já 8,40% para 84,56 cêntimos, um novo mínimo histórico.


Esta evolução tem lugar depois de na última segunda-feira ter sido anunciado que o banco vai realizar um aumento de capital de 1,33 mil milhões de euros, com as novas acções a serem vendidas a 9,4 cêntimos. A Fosun, através da "holding" Chiado, vai investir um máximo de 531 milhões de euros para reforçar a sua posição no banco liderado por Nuno Amado para elevar para 30% a sua posição no BCP.

 "A cotação do BCP deve continuar pressionada, apesar de existir o compromisso da Fosun, subscrever mais 40% do montante do aumento de capital, para ficar com 30% do banco. Alguns accionistas estão à espera da transacção dos direitos, pelo que até essa data a cotação deve manter-se pressionada", explica Pedro Lino, presidente executivo da Dif Brokers, em declarações ao Negócios.

Ainda no sector financeiro, o BPI cede 0,27% para 1,129 euros. O Montepio perde 0,24% para 41,6 cêntimos.

A penalizar a evolução do principal índice da praça nacional estão também os títulos da Jerónimo Martins. A retalhista desce 1,13% para 15,775 euros. Ainda neste sector, a Sonae perde 0,47% para 85,5 cêntimos.

Na energia, não se verifica uma tendência definida. A EDP Renováveis desce 0,29% para 5,793 euros. E a REN recua 0,69% para 2,589 euros. Por outro lado, a EDP avança 0,80% para 2,762 euros. Nas últimas horas, o CaixaBI emitiu uma nota de research onde reduz preço-alvo da EDP e melhora recomendação da empresa liderada por António Mexia.

A Galp Energia cresce 0,32% para 14,115 euros, isto numa altura em que os preços do petróleo estão a negociar em alta nos mercados internacionais. O Brent do Mar do Norte, referência para Portugal, avança 0,80% para 54,07 dólares por barril.

Os CTT soma 0,27% para 6,347 euros. Os analistas do BPI emitiram uma nota em que cortam preço-alvo dos CTT em 20% devido às notificações electrónicas do Estado.

 

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