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BCP afunda 6% para novo mínimo histórico

As acções do maior banco privado português continuam a ser pressionadas pelo aumento de capital de 1,33 mil milhões de euros anunciado na segunda-feira.

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As acções do Banco Comercial Português fixaram um novo mínimo histórico esta quarta-feira, com a saída de investidores do banco devido ao anúncio do aumento de capital de 1,33 mil milhões de euros.

 

Os títulos caem 6,84% para 0,86 euros, abaixo do mínimo histórico fixado na última sessão, quando reagiram pela primeira vez à emissão de novas acções para reembolsar o Estado e reforçar os rácios de capital.

 

Esta é já a quarta sessão consecutiva no vermelho para o banco liderado por Nuno Amado, que este ano já acumula uma perda em bolsa de 18,02%. A capitalização bolsista é agora de 812 milhões de euros.

 

O aumento de capital é de 1,33 mil milhões de euros, com as novas acções a serem vendidas a 9,4 cêntimos. Este valor representa um desconto de 90% face à cotação de fecho das acções na sessão de segunda-feira e de 38,6% face ao valor teórico das acções pós aumento de capital no dia em que foi anunciado.

 

Com a descida das cotações em bolsa, o valor teórico da acção pós aumento de capital já desceu para 14,19 cêntimos, com cada direito a ter um valor teórico de 0,718 euros. Cada direito permite subscrever 15 novas acções.

 

A Fosun, através da "holding" Chiado, vai investir um máximo de 531 milhões de euros para reforçar a sua posição no banco liderado por Nuno Amado para elevar para 30% a sua posição no BCP.

 

"A cotação do BCP deve continuar pressionada, apesar de existir o compromisso da Fosun, subscrever mais 40% do montante do aumento de capital, para ficar com 30% do banco. Alguns accionistas estão à espera da transacção dos direitos, pelo que até essa data a cotação deve manter-se pressionada", explica Pedro Lino, presidente executivo da Dif Brokers, em declarações ao Negócios.

 

"As expectativas são de que o título continue a desvalorizar, até se perceber se a Sonangol irá ou não reforçar a sua posição. Caso não reforce, então a cotação poderá reagir em forte baixa", adianta Pedro Lino.

 

"A evolução da cotação do BCP fez precisamente o que era esperado em cenários de anúncios de recapitalização por via de aumento de capital e em linha com o que se verificou na restante Europa em situações equiparáveis de recapitalização", realça João Queiroz, director de negociação do Banco Carregosa, a comentar a queda registada na terça-feira.

 

"Até que as expectativas se cristalizem, a cotação deverá apresentar uma crescente e elevada volatilidade. Como anunciado, o capital fresco não vai ficar no BCP e os investidores estão a gerir a incerteza sobre o destino destes novos recursos: se para provisões de crédito, se para reembolsar os CoCo’s ao Estado ou ambos (provisões e devolver capital ao Estado)", adianta o responsável do Banco Carregosa.

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