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BCP fecha no mínimo histórico de 84,54 cêntimos

Os títulos do BCP terminaram mais uma sessão a negociar em terreno negativo, a quarta consecutiva, num dia em que as acções do banco atingiram um novo mínimo de sempre ao tocarem nos 84,54 cêntimos.

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O BCP encerrou a sessão desta quarta-feira, 11 de Janeiro, a perder 8,42% para 0,8454 euros, naquele que foi o quarto dia consecutivo em que as acções do banco liderado por Nuno Amado perderam valor.

 

Depois de na última sessão terem perdido mais de 11%, as acções do BCP atingiram a desvalorização máximo no fecho da sessão, altura em que marcaram o novo mínimo histórico nos 0,8454 euros.

 

Esta tendência de queda verifica-se desde que foi anunciado o aumento de capital no valor de 1,33 mil milhões de euros, e em que as novas acções serão vendidas a 9,4 cêntimos. Desde o início deste ano, o BCP acumula uma perda bolsista de 20% para uma capitalização em bolsa que agora está fixada nos 798 milhões de euros.

Tendo em conta o mínimo histórico desta quarta-feira, o valor teórico das acções está agora fixado nos 14,1 cêntimos, o que compara com os 15,32 cêntimos fixados no dia em que o aumento de capital foi anunciado. O preço teórico dos direitos baixou de 0,888 euros para os 0,704 euros.


 

A Fosun, através da "holding" Chiado, vai investir um máximo de 531 milhões de euros para reforçar a sua posição no banco liderado por Nuno Amado e assim elevar para 30% a sua posição no BCP.

 

"A cotação do BCP deve continuar pressionada, apesar de existir o compromisso da Fosun, subscrever mais 40% do montante do aumento de capital, para ficar com 30% do banco. Alguns accionistas estão à espera da transacção dos direitos, pelo que até essa data a cotação deve manter-se pressionada", explica Pedro Lino, presidente executivo da Dif Brokers, em declarações ao Negócios.

 

"As expectativas são de que o título continue a desvalorizar, até se perceber se a Sonangol irá ou não reforçar a sua posição. Caso não reforce, então a cotação poderá reagir em forte baixa", adianta Pedro Lino.

 

"A evolução da cotação do BCP fez precisamente o que era esperado em cenários de anúncios de recapitalização por via de aumento de capital e em linha com o que se verificou na restante Europa em situações equiparáveis de recapitalização", realça João Queiroz, director de negociação do Banco Carregosa, a comentar a queda registada na terça-feira.

 

"Até que as expectativas se cristalizem, a cotação deverá apresentar uma crescente e elevada volatilidade. Como anunciado, o capital fresco não vai ficar no BCP e os investidores estão a gerir a incerteza sobre o destino destes novos recursos: se para provisões de crédito, se para reembolsar os CoCo’s ao Estado ou ambos (provisões e devolver capital ao Estado)", adianta o responsável do Banco Carregosa.

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