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Novas acções do BCP serão vendidas a 9,4 cêntimos

O BCP vai aumentar o capital em 1.300 milhões de euros. Cada novo título vai ser vendido a 9,4 cêntimos. Operação está garantida pela Fosun e por um consórcio de bancos internacionais e deve estar concluída a 2 de Fevereiro.

Chineses passam a 'dominar' BCP: Depois de anos à procura de um novo accionista de referência, o BCP atraiu a Fosun para o seu capital. O grupo chinês aproveitou a pressão sobre o banco para se tornar no seu maior accionista, com um investimento de apenas 175 milhões e deixando para trás a Sonangol. Em breve, a Fosun deve chegar a 30% do BCP. A entrada dos chineses ditou a saída do Sabadell, grupo espanhol que era parceiro histórico do banco de Nuno Amado que preferiu sair do BCP.
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09 de Janeiro de 2017 às 17:28
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O BCP vai avançar com uma operação de aumento de capital de 1.330 milhões de euros, cujo preço de subscrição será de 9,4 cêntimos por acção, sabe o Negócios. A operação, que está garantida pela Fosun e um consórcio de bancos internacionais, destina-se concluir a devolução do apoio do Estado e a reforçar o nível de solidez mais exigente para cerca de 11%.

 

Tendo em conta a cotação de fecho de hoje, o preço das novas acções do BCP corresponde a um desconto de 90%. No entanto, tendo em conta o valor teórico dos títulos após o aumento de capital e o facto de cada uma das actuais acções dar direito a subscrever 15 novos títulos, o desconto é de 38,6%.

Num comunicado entretanto emitido, o BCP adianta que serão emitidas 14.169.365.580 novas ações ordinárias através de uma oferta pública de subscrição destinada aos actuais accionistas, a um preço de 0,094 euros, ou seja, 9,4 cêntimos. Tendo em conta estas condições e a cotação de fecho desta segunda-feira (1,0412 euros), após a operação o BCP valerá 2.315 milhões de euros, pelo que o preço teórico do banco após o destaque dos direitos de subscrição do aumento de capital é de 0,1546 euros. É sobre este valor que o preço das novas acções representa um desconto de 38,6%.

"O preço de subscrição representa um desconto de aproximadamente 38,6% face ao preço teórico ajustado ex-rights (theoretical ex-rights price) calculado com base no preço de fecho das ações BCP na Euronext Lisbon em 9 de janeiro de 2017", refere o comunciado do BCP, adiantando que "será atribuído um direito de subscrição por cada ação representativa do actual capital social do banco". 

Cada direito recebido pode ser convertido em 15 acções, mediante o pagamento de 9,4 cêntimos por cada uma. Desta forma, por cada acção detida (que fecharam esta segunda-feira nos 1,0412 euros), os accionistas são chamados a investir 1,41 euros. Aos accionistas que não queiram particpar no aumento de capital, resta a possibilidade de alienar os direitos em bolsa. 


O sucesso da operação, aprovada esta segunda-feira pelo conselho de administração, está garantido pela Fosun, que já se comprometeu a subscrever 31% do aumento de capital, e por um consórcio de bancos internacionais, composto pelo JP Morgan, Goldman Sachs, Bank of America Merril Lynch, Crédit Suisse e Mediobanca. O aumento de capital terá início a 19 de Janeiro e deve terminar a 2 de Fevereiro.

No comunicado o BCp não se compromete com datas, adiantando que "é intenção do BCP dar início a esta oferta no mais breve prazo, após aprovação do respetivo prospeto pela CMVM e a publicação deste último e do aviso para o exercício de direitos de subscrição".


(Notícia actualizada às 19:10 com comunicado do BCP a confirmar operação)

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