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Expansión: Popular e Apollo finalistas na compra da unidade de crédito do Barclays

O Barclaycard em Portugal e Espanha está à venda. Estiveram várias entidades na corrida mas o espanhol Expansión dá como certo que apenas um banco detido pelo fundo Apollo e uma participada do Popular avançam no final.

Miguel Baltazar
26 de Fevereiro de 2016 às 09:35
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O jornal espanhol Expansión avança, com base em várias fontes financeiras, que há dois finalistas na corrida pelo Barclaycard em Portugal e Espanha: o banco Evo, detido pelo fundo americano Apollo, e o Bancopopular-e, uma parceria do fundo Värde com o banco Popular.

 

São estas as duas empresas que, na próxima semana, deverão entregar as ofertas vinculativas por aquele negócio. Haveria ainda uma terceira entidade na corrida final, o fundo americano Warburg Pincus, mas esta não deverá avançar para a entrega de uma proposta final, segundo o jornal.

 

Até aqui, houve já a fase das propostas não vinculativas, em que houve participação de várias entidades, sendo que o jornal diz que as propostas avançavam com preços entre os 300 e os 400 milhões de euros. Em Janeiro, a Reuters avançava que o valor oferecido poderia oscilar entre os 300 e os 600 milhões de euros.

 

Em causa está a venda da operação em Portugal e em Espanha. No caso do mercado nacional, o Barclaycard está presente desde 2004. No ano passado, o banco britânico excluiu-a do perímetro de venda da unidade de retalho ao espanhol Bankinter. Contudo, meses depois, abriu-se a possibilidade de também este ramo de cartões de crédito e crédito ao consumo ser alienado. Aliás, o Bankinter foi uma das entidades que chegou a consultar o processo, entregando uma proposta não vinculativa. Contudo, a presidente executiva, María Dolores Dancausa, logo afirmou que as hipóteses eram "mínimas". 

 

De acordo com os dados citados pelo jornal, o Barclaycard conta, em Portugal, com uma quota de mercado de 30% através dos seus 450 mil clientes. No mercado espanhol, há 300 mil clientes, que resultam numa quota de 6%. No arranque do processo de alienação, havia a possibilidade de apenas ser adquirido um negócio nacional - consoante o interesse do comprador - mas o Expansión fala na aquisição de toda a operação ibérica. 

 

Em Portugal, o fundo Apollo está presente através da Tranquilidade, que adquiriu no arranque de 2015, e está em processo de compra da seguradora Açoreana. Esteve também nas corridas pelo Novo Banco e pelo Banif. Já o Popular tem presença através do seu banco em Portugal.

 

Por seu lado, o Barclays está a sair do mercado ibérico, depois de ter ficado definido que sairia do retalho nos mercados não estratégicos. Entretanto, está a abandonar também outros ramos de actividade nesses mercados para além dos balcões tradicionais. Em Portugal, vai ficar apenas com grandes multinacionais suas clientes e com a área de banca de investimento, após a conclusão da venda do retalho ao Bankinter. Em Espanha, os balcões foram alienados ao Caixabank, maior accionista do BPI. 

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