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ES Liquidez e ETTRIC: Os sinais de alerta sobre o GES que chegaram à Rioforte

João Pena disse que o primeiro sinal de problemas na ESI, accionista única da Rioforte, veio apenas em Setembro de 2013, intensificado dois meses depois.

Bruno Simão/Negócios
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A Rioforte, sociedade que controla os activos não financeiros do GES, tinha uma situação financeira difícil desde a constituição, em 2009, segundo o seu presidente. Contudo, só em 2013 o seu presidente, João Pena, começou a ter noção dos problemas na sua accionista única, a Espírito Santo International. 

 

"O primeiro sinal de preocupação da gestão executiva da Rioforte com a situação da Espírito Santo International surge em Setembro, [de 2013] quando a imprensa noticia a elevada exposição a empresas do GES de fundos colocados pela área financeira e a necessidade da sua redução, com destaque para o fundo ES Liquidez gerido pela ESAF apresentar uma exposição de 897 milhões de euros à ESI".

 

João Pena, presidente da Rioforte desde 2009, fez esta afirmação na audição desta terça-feira, 6 de Janeiro, na comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do GES. A ESAF pertencia ao BES e teve, por isso, de reduzir a sua exposição ao Grupo Espírito Santo devido às regras implementadas pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. O que levou, segundo já várias pessoas ouvidas no inquérito parlamentar, à colocação de papel comercial de sociedades do GES em clientes dos balcões do BES.

 

Para o ex-presidente da Rioforte, houve um outro sinal "mais claro e expressivo" da situação difícil da Espírito Santo International, o seu accionista único. Surgiu no contexto do exercício transversal (ETTRIC 2) do Banco de Portugal, em Novembro de 2013, no seio do qual se revelou que parte do passivo desta sociedade de topo do GES estava escondido.

 

A partir daqui, iniciou-se um novo processo de reestruturação do GES, que passava pela separação da área financeira da não financeira, que nunca acabou por ser concluído. A ESI e a Rioforte encontram-se em insolvência. 

 

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