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Rioforte tinha uma situação financeira difícil desde a sua criação

João Pena, ex-presidente executivo da sociedade de controlo do ramo não financeiro do GES, admite que desde a criação, em 2009, que a Rioforte apresenta uma frágil situação, precisando de reestruturação.

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A Rioforte, sociedade a partir do qual se controlava o ramo não financeiro do Grupo Espírito Santo, tinha uma situação financeira difícil desde a sua criação, em 2009, de acordo com o seu presidente executivo.

 

Em declarações na comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do GES, João Rodrigues Pena admitiu que, no final de 2009, quando foi convidado para a liderança executiva da Rioforte, "estava totalmente ciente da difícil situação financeira inicial da Rioforte". Esta sociedade foi constituída em 2009, para substituir a Espírito Santo Resources, tendo agregado uma carteira de actividades que vão desde a saúde ao turismo.

 

Na altura, era necessário "melhorar a gestão operacional das empresas participadas, alienar activos de reduzido rendimento e reduzir o seu endividamento", admitiu.

 

Em 2009, os activos da Rioforte eram de 3.262 milhões de euros, sendo que o passivo ascendia a 1.990 milhões, resultando em capitais próprios de 1.273 milhões. Além disso, apresentou prejuízos de 37,2 milhões de euros, com um resultado operacional (EBITDA) de "apenas" 67,6 milhões de euros. Números que mostram, segundo João Pena, o "desafio da reestruturação".

 

A Rioforte tinha como accionista único a Espírito Santo International, sociedade de topo do GES. No ano passado, a empresa, criada em 2009 para dar uma gestão mais profissional a todo o grupo, entrou em insolvência, dado que não conseguiu cumprir as suas obrigações financeiras.

 

"Apesar do grau de endividamento e prejuízos com que nasceu, a Rioforte possuía, a meu ver, potencial de melhoria intrínseco a muitos dos seus negócios e a reputação da marca Espírito Santo tornava credível a visão de médio e longo prazo de construir uma carteira de negócios estruturalmente rentável e atrair investidores em boas condições de valor para o accionista", concluiu. 

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