Notícia
EBA alerta para aumento de créditos em risco
Os níveis de crédito malparado recuaram no final do ano passado, mas há mais créditos em risco de incumprimento. Os dados são da Autoridade Bancária Europeia.
O crédito malparado está a cair, mas há mais créditos em risco de incumprimento, nomeadamente entre os empréstimos em moratória. O alerta é da Autoridade Bancária Europeia (EBA, na sigla em inglês) e consta dos dados divulgados esta quarta-feira, 31 de março.
O rácio de NPL (non-performing loans ou crédito malparado) recuou para 2,6%, começa por assinalar a EBA. Uma descida que se registou tanto a nível das famílias como das empresas.
No entanto, a autoridade bancária detetou, ao mesmo tempo, que "a percentagem de empréstimos em 'stage 2' aumentou de forma generalizada", tendo alcançado os 9,1% do total dos empréstimos do setor no quarto trimestre, mais 110 pontos base do que no trimestre anterior.
Em Portugal, os créditos em "stage 2" rondavam os 11,6% até dezembro. Já em "stage 3", a percentagem é de 5,7%. É nestas categorias que entram os empréstimos que podem vir a ter algum problema ou em que há uma elevada probabilidade de virem a registar incumprimento, respetivamente.
Esta subida do risco de incumprimento a nível europeu, refere, "foi particularmente pronunciada nos créditos em moratória". De acordo com a EBA, a percentagem de empréstimos em moratória na "stage 2" é de 26,4%. "Isto pode indicar que os empréstimos que ainda estão em moratória podem ser aqueles com riscos mais pronunciados no futuro", refere. Em Portugal, a percentagem ronda os 20%, como indicou Mário Centeno, governador do Banco de Portugal, na terça-feira.
A entidade indica que as moratórias elegíveis caíram para quase metade no quarto trimestre, passando de perto de 590 mil milhões de euros no terceiro trimestre para 320 mil milhões. "A descida foi mais pronunciada no caso das empresas do que das famílias", indica.
Recentemente, o Banco de Portugal indicou que, até ao final de janeiro, havia perto de 45,7 mil milhões de crédito em moratória. O regulador vai divulgar os dados atualizados sobre as moratórias esta quarta-feira.
Capital melhora, rentabilidade sob pressão
A EBA adianta ainda que os rácios de capital continuaram a melhorar no quarto trimestre. Por outro lado, a rentabilidade manteve-se sob pressão.
A rentabilidade dos capitais próprios (ROE) caiu de 2,5% no terceiro trimestre para 2% no quarto trimestre. "O aumento nas receitas obtidas com comissões não compensou a descida da margem financeira", refere a entidade.
O rácio de NPL (non-performing loans ou crédito malparado) recuou para 2,6%, começa por assinalar a EBA. Uma descida que se registou tanto a nível das famílias como das empresas.
Em Portugal, os créditos em "stage 2" rondavam os 11,6% até dezembro. Já em "stage 3", a percentagem é de 5,7%. É nestas categorias que entram os empréstimos que podem vir a ter algum problema ou em que há uma elevada probabilidade de virem a registar incumprimento, respetivamente.
Esta subida do risco de incumprimento a nível europeu, refere, "foi particularmente pronunciada nos créditos em moratória". De acordo com a EBA, a percentagem de empréstimos em moratória na "stage 2" é de 26,4%. "Isto pode indicar que os empréstimos que ainda estão em moratória podem ser aqueles com riscos mais pronunciados no futuro", refere. Em Portugal, a percentagem ronda os 20%, como indicou Mário Centeno, governador do Banco de Portugal, na terça-feira.
A entidade indica que as moratórias elegíveis caíram para quase metade no quarto trimestre, passando de perto de 590 mil milhões de euros no terceiro trimestre para 320 mil milhões. "A descida foi mais pronunciada no caso das empresas do que das famílias", indica.
Recentemente, o Banco de Portugal indicou que, até ao final de janeiro, havia perto de 45,7 mil milhões de crédito em moratória. O regulador vai divulgar os dados atualizados sobre as moratórias esta quarta-feira.
Capital melhora, rentabilidade sob pressão
A EBA adianta ainda que os rácios de capital continuaram a melhorar no quarto trimestre. Por outro lado, a rentabilidade manteve-se sob pressão.
A rentabilidade dos capitais próprios (ROE) caiu de 2,5% no terceiro trimestre para 2% no quarto trimestre. "O aumento nas receitas obtidas com comissões não compensou a descida da margem financeira", refere a entidade.
"A pressão sobre a rentabilidade deve continuar persistentemente elevada" e a "deterioração da qualidade dos ativos e incerteza em torno da recuperação deverão manter o custo do risco elevado", remata.
Os dados da EBA baseiam-se na análise de 130 bancos, cobrindo mais de 80% do sistema bancário europeu.