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Dona do British Hospital entra em Revitalização

A Galilei Saúde pediu um Processo Especial de Revitalização (PER) numa altura em que a casa-mãe viu o seu próprio PER chumbado. Objectivo é proteger os activos da saúde dos efeitos da insolvência da antiga dona do BPN.

Sara Matos
01 de Fevereiro de 2016 às 10:02
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A administração da Galilei Saúde, que controla o British Hospital e a unidade de exames médicos IMI, pediu, na última quinta-feira, um PER que visa "acautelar os efeitos, de origem financeira, que remontam ao período de nacionalização do BPN, que se poderão fazer sentir sobre a Galilei Saúde, impondo-lhe, a muito curto prazo, dificuldades económicas, relacionadas, entre outros, com a crítica incerteza que rodeia o futuro imediato da Galilei SPGS, SA, accionista única", pode ler-se numa nota interna divulgada sexta-feira pela administração, a que o Negócios teve acesso. 

Precisamente na sexta-feira foi chumbado o PER da Galilei, antiga SLN, que deteve o BPN até à nacionalização, na sequência da recusa do próprio Estado em aceitar o plano de recuperação proposta pela gestão da Galilei. Recorde-se que o nacionalizado BPN foi fundado e liderado por José Oliveira e Costa, que está actualmente detido e em processo de julgamento por uma variedade de crimes.


Segundo a mesma comunicação, a administração da Galilei Saúde sublinha que assim que o PER foi despachado, irá "encetar um diálogo que desejamos muito próximo e construtivo com os credores (...) por forma a erigir um plano concreto que permita estruturar o passivo e capitais próprios, salvaguardando os melhores interesses de trabalhadores, prestadores, credores e parceiros e, bem assim, que contribua para o sustentado desenvolvimento da actividade da sociedade, mantendo-se a normal actividade da área da Saúde".

Entre as unidades da área da Saúde da Galilei encontra-se o British Hospital XXI, o IMI e suas participadas, o British Saldanha Microcular, a British Management Care e a Cedima, as quais, segundo a administração da Galilei, mantêm "como até aqui, a sua autonomia de gestão, com plenitude de funções". 

De acordo com a gestão liderada por Joaquim Esperancinha, as estimativas para o fecho do exercício de 2015 apontam para "um volume de negócios agregado de cerca de 39 milhões de euros (+8% face a 2014) e para novo resultado líquido positivo, à semelhança do que vem acontecendo nos últimos três anos".

Neste contexto, acrescenta, a gestão está convicta "de que esta decisão (...) [permitirá] (...) virar a página do estigma BPN/SLN/Galilei, entrando num novo capítulo de devolução à plenitude da dinamização das suas unidades no mercado de saúde privada". 

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