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Estado e Montepio têm 88% da dívida da Galilei Saúde

O grupo de saúde da antiga Sociedade Lusa de Negócios tem uma dívida de 34 milhões de euros distribuída por 23 credores. A Parvalorem, herdeira do BPN, é a principal e tem uma palavra a dizer sobre o seu futuro.

08 de Abril de 2016 às 16:40
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O Estado, através da sociedade Parvalorem, detém quase dois terços da dívida da Galilei Saúde, pelo que se confirma que tem uma palavra a dizer para definir o futuro da empresa que controla o British Hospital e o centro de imagiologia IMI. O Montepio aparece no segundo lugar da lista. Ambas controlam 88% da dívida do grupo de saúde. 

 

De acordo com a lista provisória de créditos, publicada no portal Citius no âmbito do Processo Especial de Revitalização (PER) em curso, a Galilei Saúde tem uma dívida total de 34 milhões de euros. Há 23 credores, sendo que há dois que têm direito a grande parte da dívida.

 

A Galilei Saúde, que pertence ao grupo Galilei SGPS (antiga Sociedade Lusa de Negócios), deve 22 milhões de euros à Parvalorem. E a sociedade que herdou os créditos tóxicos do BPN já actuou para se precaver: vendeu os créditos a um fundo belga, conforme o Negócios já noticiou, com a ideia de que, no PER, a dívida é trocada por capital e o fundo passa a ser accionista. Um acordo firmado, motivo pelo qual a empresa presidida por Francisco Nogueira Leite rejeitou as propostas de compra dos créditos vindas de outras quatro entidades.

 

Depois do Estado (que também tem uma exposição à empresa através de uma dívida da Caixa Geral de Depósitos, de 120 mil euros, e da Caixa Leasing, de 464 mil), o Montepio é o segundo maior credor. São 8,3 milhões de euros aqueles que a Galilei Saúde deve à Caixa Económica Montepio Geral.

 

O resto dos créditos reclamados no PER da Galilei Saúde, no âmbito do qual a empresa está sob administração judicial de João Salvado Martinho, são todos de reduzida dimensão, alguns face a empresas do grupo Galilei (que são créditos subordinados, ou seja, não têm prioridade na hierarquia de credores). Em relação à banca, a empresa da área de saúde tem ainda uma dívida total de 246 mil euros ao BIC (o banco que comprou o BPN). 

 

No âmbito do PER, o objectivo é que os credores consigam negociar de forma a evitar a insolvência da companhia. A Parvalorem – que tinha rejeitado o PER da Galilei SGPS por não concordar com o plano proposto pela gestão – poderá viabilizar o PER da sua subsidiária Galilei Saúde, na perspectiva de vender os créditos que depois são convertidos em acções - e aqui o capital passa para as mãos do fundo belga. Ou seja, assim, o Estado deixa de ser accionista e deixa de estar exposto ao risco de não recuperar os empréstimos. 

TENDÊNCIAS A queda e a tentativa de recuperação da SLN  BPN nacionalizado
A SLN tinha actividades em vários sectores desde o automóvel à agricultura. Mas o principal activo chamava-se BPN que, em 2008, foi nacionalizado. O grupo ficou sem o centro de financiamento e, aliado às consequências da crise global, entrou em dificuldades financeiras. O nome mudou de SLN para Galilei SGPS.

Galilei pede PER
Com dívidas superiores a 1,6 mil milhões de euros, a Galilei SGPS quer entrar num Processo Especial de Revitalização, para negociar com os credores. Não consegue. É a Parvalorem, que tem 80% dos créditos, que dita a recusa, o que acaba por empurrar a empresa para a insolvência. As suas subsidiárias tentam recuperar-se. A Multiauto Galilei é uma delas. 

Saúde tenta salvar-se
Com dívidas superiores a 1,6 mil milhões de euros, a Galilei SGPS quer entrar num Processo Especial de Revitalização, para negociar com os credores. Não consegue. É a Parvalorem, que tem 80% dos créditos, que dita a recusa, o que acaba por empurrar a empresa para a insolvência. As suas subsidiárias tentam recuperar-se.   



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