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Galilei Saúde sob administração judicial

No âmbito do Processo Especial de Revitalização, a empresa de saúde do grupo Galilei está dependente da autorização judicial. Restam 15 dias para reclamação de créditos à Galilei Saúde.

29 de Fevereiro de 2016 às 18:10
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A Galilei Saúde está sob administração judicial. É uma consequência do pedido de entrada em Processo Especial de Revitalização (PER). Desde a nomeação do administrador judicial, João Salvado Martinho, a 25 de Fevereiro, podem ser reclamados créditos contra a empresa que controla o British Hospital e o centro de exames IMI.

 

O anúncio foi publicado a 25 de Fevereiro no portal Citius e é a partir daí que começam a contar os 20 dias para a reclamação de créditos. Ou seja, restam perto de duas semanas para o fim do prazo.

 

Entre os principais credores da empresa de saúde da antiga Sociedade Lusa de Negócios (SLN) está a Parvalorem, o veículo estatal que herdou activos tóxicos do BPN. Como o Negócios já avançou, esta sociedade acordou a venda dos créditos – em torno de 20 milhões de euros – a fundos belgas, no âmbito do PER, de forma a assegurar o seu reembolso. O objectivo dos fundos é o de conseguir trocar a dívida por capital e, no futuro, poder vender o capital a um preço mais elevado do que o investido na compra do crédito. 

Contudo, para que tal seja possível, é preciso que a conversão dos créditos em capital esteja incluída no PER, que está agora em curso. 

 

No Citius, ainda não há a indicação dos credores da Galilei Saúde, para além da Brandão Ramos – Comércio e Serviços. Só depois da reclamação é que é desenhada a lista provisória dos créditos da empresa.


A partir da nomeação do administrador judicial, "o devedor fica impedido de praticar actos de especial relevo, sem que previamente obtenha autorização para realização pretendida por parte do nomeado administrador provisório".


No documento publicado no Citius, fica ainda sublinhado que o administrador judicial tem "acesso à sede e às instalações empresariais do devedor e de proceder a quaisquer inspecções e a exames, designadamente dos elementos da sua contabilidade". "O devedor fica obrigado a fornecer-lhe todas as informações necessárias ao desempenho das suas funções", adianta ainda o comunicado.


A Parvalorem tenta, assim, recuperar no PER os créditos junto da Galilei Saúde depois de ter recusado o PER implementado pela maior accionista, a Galilei SGPS.

 

Tome nota
Os principais activos da British Hospital
A estrutura da Galilei Saúde estende-se por hospitais, em Lisboa, mas também tem na imagiologia uma das áreas mais rentáveis da sua actividade no sector privado da saúde.

Hospital nas Torres de Lisboa
Segundo informações no site, o British Hospital conta com perto de 50 camas e três salas de bloco operatório. Tem também unidades de cuidados intensivos além de gabinetes de consulta externa. Uma das áreas de especialidade é a urologia. É o activo mais relevante.

Hospital no Saldanha e o apoio a sinistrados
Nas Torres de Lisboa, são prestados cuidados de saúde a sinistrados, no British Management Care. Já no edifício Monumental, no Saldanha, encontra-se a clínica de ambulatório British Hospital. A especialidade mais importante é a oftalmologia.

A IMI - Imagens Médicas Integradas
Na área de saúde da Galilei encontra-se ainda a IMI - Imagens Médicas Integradas, com o foco na imagiologia, como raios-X, ecografias, TAC e ressonâncias. Há várias unidades espalhadas pelo país, incluindo contratos de gestão com hospitais públicos.



 

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