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PCP alerta: BPN pode exigir mais 1.320 milhões este ano
O BPN deverá vir a custar mais de cinco mil milhões de euros ao Estado. Deste montante, no final de 2014, estavam já assumidos 2,7 mil milhões de euros, aos quais agora se podem juntar os 1.320 milhões devidos pela Galilei à Parvalorem, alerta o PCP.
O grupo Galilei, que herdou a sociedade que controlava o BPN, está à beira da falência e accionou um Processo Especial de Revitalização (PER), para o qual necessita da aprovação dos credores. Se o pedido for recusado – e a posição do Estado como principal credor será essencial – ficam em causa perdas de 1.320 milhões para o Estado, este ano, alerta o Partido Comunista Português, numa carta enviada ao ministro das Finanças à qual o Diário de Notícias teve acesso.
O PCP quer saber qual será o sentido de voto da Parvalorem, a empresa pública criada para gerir os activos resultantes da nacionalização e reprivatização do BPN, uma vez que esta detém cerca de 80% dos créditos devidos pela Galilei, escrevem os deputados Paulo Sá e Miguel Tiago. Os deputados comunistas alertam que "há a possibilidade real, segundo as informações que recebemos, de que a Parvalorem poderá rejeitar o PER" da Galilei. A decisão será tomada amanhã. Nesse caso, "qual a perspectiva de recuperação pela Parvalorem dos créditos reclamados?" questionam, avançando que estão em causa 1.320 milhões de euros de créditos devidos ao Estado.
O BPN deverá vir a custar aos contribuintes mais de cinco mil milhões de euros, dos quais no final de 2014 2,7 mil milhões já haviam sido assumidos. Os 1.320 milhões somar-se-iam a estes.