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Grupo Galilei está sob administração judicial

Holding que ficou com os activos da Sociedade Lusa de Negócios (SLN), como o British Hospital e os hotéis Ever, tinha apresentado a 21 de Agosto na justiça o pedido de processo especial de revitalização (PER).

02 de Setembro de 2015 às 17:56
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O grupo Galilei, que em 21 de Agosto último apresentou ao Tribunal de Lisboa um pedido de Plano Especial de Revitalização (PER), já tem administrador judicial desde esta terça-feira, 1 de Setembro, por despacho conhecido através do Citius esta quarta-feira, 2 de Setembro.

A "herdeira" dos activos da SLN (antiga dona do entretanto nacionalizado BPN), tem no seu próprio "site" o comunicado da administração – com apenas 20 dias em funções – a justificar o PER apresentado.

"Dada a actual situação financeira do Grupo Galilei, entendeu o conselho de administração da Galilei SGPS, SA em funções desde 1 de Agosto de 2015, requerer hoje [21 de Agosto] junto do Tribunal do Comércio de Lisboa um Processo Especial de Revitalização (PER) para a Galilei SGPS, SA".

Adianta a nota da gestão da Galilei, liderada desde 1 de Agosto por Carlos Vasconcellos Cruz: "o conselho de administração considera ser possível a viabilização da empresa através da implementação de adequadas medidas de reestruturação, desde que venha a conseguir obter um acordo de credores que lhe permita negociar e fasear o pagamento das dívidas, e simultaneamente, reforçar as condições de competitividade das empresas operacionais participadas".

A Galilei SGPS tem a SLN Valor como maior accionista, segundo o último relatório e contas, com 31,7% do capital. José Oliveira e Costa ainda detém 4% do capital em nome próprio, mas, em Março de 2015, explicam as contas da Galilei SGPS, a empresa foi notificada "pelo agente de execução" que as mesmas 18.236.508 acções do antigo líder do BPN "se encontravam penhoradas". O terceiro maior accionista, com 3,2%, é Almiro Jesus Silva.

De acordo com o relatório e contas da Galilei SGPS, a empresa registou prejuízos de 1,17 milhões de euros em 2013 e de 947,29 mil euros em 2014. O capital próprio da companhia, contudo, era de 41,4 mil euros no final do ano passado, para um capital social de 470,9 milhões de euros.

O que obrigou o conselho de administração, nas contas de 2014, ainda sob a liderança de Fernando Lima a alertar os accionistas, ao abrigo do artigo 35º do Código das sociedades Comerciais. "O conselho de administração, pelas contas do exercício ora apresentadas, pode verificar que se encontra perdida mais de metade do capital social da Galilei, SGPS, SA", propondo na altura, conforme obriga a lei, a adopção de medidas de reforço do capital ou dissolução da sociedade.

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