De braço-direito de Carlos Rodrigues a membro da equipa de Carlos Silva. Diogo Cunha, um dos fundadores do Banco de Investimento Global (BIG), saiu do projecto que ajudou a construir para integrar a administração do Banco Privado Atlântico Europa.

Há precisamente 15 anos, foi um dos sócios fundadores do BIG, banco pioneiro na utilização da internet como canal para chegar aos clientes. Agora, Diogo Cunha acaba de renunciar ao seu mandato como administrador do banco liderado por Carlos Rodrigues para fazer parte da equipa de um projecto recente em Portugal, o Banco Privado Atlântico Europa.

Ao que o Negócios apurou, o gestor já assumiu as novas funções no banco de capitais angolanos, liderado por Carlos Silva, também vice-presidente não executivo do Banco Comercial Português. A apesar de ter trocado o BIG, que abandonou no final de Janeiro, por um concorrente, a saída foi pacífica.

O desafio lançado pelo Atlântico e o facto de conhecer bem os responsáveis desta instituição terão sido as principais razões para Diogo Cunha aceitar o desafio de integrar o banco com ligações à Sonangol, soube o Negócios. Não foi possível confirmar se o gestor mantém a sua participação não qualificada no capital do BIG, banco que também tem capitais angolanos.

O terceiro maior accionista do banco fundado por Carlos Rodrigues e Diogo Cunha, com uma participação de cerca de 10%, é a World Wide Capital de Hélder Vieira Dias, conhecido como general Kopelipa. Já a Edimo, que será de um enteado de Manuel Vicente, antigo presidente da Sonangol e actual vice-presidente da Angola, tem 4,62% da instituição.

Com 44 anos, Diogo Cunha passou a maior parte da sua carreira no BIG, que foi formalmente constituído em Dezembro de 1998 e foi lançado em Março do ano seguinte. Licenciado pelo ISCTE, o gestor tirou o MBA da Universidade Católica.