As exportações da indústria alimentar e das bebidas atingiram 7.587 milhões de euros até novembro, graças a um crescimento anual de 10,63% face a igual período de 2023, ficando já 0,74% acima de todo o ano anterior quando faltam fechar as contas de dezembro.

Segundo os números, divulgados esta segunda-feira pela Federação das Indústrias Portuguesas Agroalimentares (FIPA), com base nos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), as vendas para a União Europeia representaram 5.174 milhões de euros, refletindo uma variação de 15,55% face ao registado nos primeiros 11 meses de 2023. As exportações para fora do bloco dos 27 também cresceram, totalizando 2.412 milhões de euros.

Além disso, realça a FIPA, de acordo com as estatísticas, por comparação a igual período de 2023, "há uma tendência de redução do défice da balança comercial da indústria alimentar e das bebidas".

"Os dados do INE revelam que a indústria alimentar e das bebidas está a contribuir para mudar o perfil da economia portuguesa, em linha com o que tem sido evidenciado pela FIPA" e que "as empresas têm conseguido contornar fatores adversos e de imprevisibilidade, como os relacionados com a situação geopolítica e a cadeia de distribuição", diz o presidente da organização, Jorge Henriques, citado na mesma nota enviada às redações.

A FIPA sublinha que a indústria alimentar e das bebidas é a indústria transformadora que mais contribui para a economia nacional, tanto em volume de negócios (22,4 mil milhões) como em valor acrescentado bruto (3,8 mil milhões) e a que mais emprego gera, sendo responsável por mais de 112 mil postos de trabalho diretos e cerca de 500 mil indiretos.