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Exportações de alimentos e bebidas batem recorde de 8.190 milhões em 2024

Dados compilados pela FIPA indicam que as exportações cresceram a um ritmo superior às importações no ano passado, o que permitiu à indústria alimentar e das bebidas reduzir em 5% o défice da balança comercial.

Jorge Henriques é o presidente da FIPA. Pedro Catarino
18 de Fevereiro de 2025 às 14:56
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As exportações da indústria alimentar e das bebidas alcançaram um valor recorde de 8.190 milhões de euros em 2024, após crescerem 8,8%, "num momento em que as economias europeia e mundial dão sinais de desaceleração", assinala a Federação das Indústrias Portuguesas Agroalimentares (FIPA), permitindo uma redução do défice da balança comercial.

Em comunicado, enviado às redações, a FIPA indica, com base nos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), as vendas para a União Europeia alcançaram 5.593 milhões de euros - o equivalente a mais de dois de terços - refletindo uma variação de 12,6% comparativamente a 2023. Espanha mantém-se como o principal destino, representando quase 39%, figurando, aliás, como um dos países que mais contribuiu para o aumento a dois dígitos, a par com Itália, Países Baixos e Polónia.

Já as exportações para fora do bloco dos 27 cresceram 1,2% para 2.596 milhões de euros. Brasil (com um peso de 13,9%) e Estados Unidos (com um peso de 4,2%) são os principais contribuintes.

Assim, por comparação com 2023, o défice da balança comercial da indústria alimentar e das bebidas decresceu 5,49%, totalizando 3.267 milhões de euros, já que as importações também aumentaram, mas um ritmo bastante inferior ao das exportações, subindo 4,26% para 11.457 milhões de euros.

"Ao ultrapassar a barreira dos 8.000 milhões de euros, a indústria alimentar e das bebidas não só alcançou o objetivo previsto para 2024, como praticamente duplicou as exportações em valor na última década", realça o presidente da FIPA, Jorge Henriques, citado na mesma nota, manifestando-se "otimista para os resultados em 2025, apesar da situação tensa na economia global em função das guerras comerciais e pacotes tarifários de alguns países e blocos económicos".

Com o setor atento às tensões económicas e aos desafios logísticos, Jorge Henriques diz acreditar que as oportunidades devem continuar a surgir e defende "uma consolidação dos instrumentos ao dispor dos empresários para continuarem a sua afirmação internacional, uma política que vai para lá do apoio financeiro". E, neste sentido, norteado pelo desafio de ter o setor a crescer fora da Europa a 27, chama a atenção para o papel que o Ministério da Economia e a AICEP poderão ter na promoção externa dos produtos nacionais.

A FIPA salienta que a indústria alimentar e das bebidas é a indústria transformadora que mais contribui para a economia nacional e a que mais emprego gera (é responsável por mais de 113 mil postos de trabalho diretos e cerca de 500 mil indiretos) além de assumir, em simultâneo, "uma grande importância no desenvolvimento do tecido empresarial, nomeadamente nas zonas do interior, onde o setor situa as suas unidades industriais, e na afirmação do potencial de evolução da autossuficiência alimentar do país".

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