Notícia
Exportações da indústria agroalimentar sobem 9,46% até junho
Espanha, França, Brasil, Itália e Alemanha absorveram 63% do total das exportações da indústria alimentar e das bebidas portuguesa no primeiro semestre do ano.
As exportações da indústria alimentar e das bebidas aumentaram 9,46% atingindo 3.991 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano.
À luz de dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), compilados pela Federação das Indústrias Portuguesas Agroalimentares (FIPA), indicam que
A União Europeia (UE) absorveu dois terços das vendas, que ascenderam a 2.700 milhões de euros, fruto de uma subida de 13,87% face ao primeiro semestre do ano passado.
A Espanha ocupa o primeiro lugar no pódio, já que adquiriu bens avaliados em 1.504 milhões de euros à indústria alimentar e das bebidas nacional, o que representa um aumento de 12%. França figura como o segundo maior mercado (354 milhões de euros, ou seja, mais 4% em termos homólogos), seguindo-se Itália cujas compras a Portugal deram um "pulo" de 32% para 210 milhões de euros.
Já as exportações extracomunitárias a indústria alimentar e das bebidas equivaleram a 1.291 milhões de euros, crescendo apenas 1,25%.
Destaca-se o desempenho do mercado brasileiro que, segundo a FIPA, absorveu bens no valor de 336 milhões de euros, impulsionando as exportações da indústria alimentar e das bebidas em cerca de 25% face ao primeiro semestre de 2023.
No cômputo global, Espanha, França, Brasil, Itália e Alemanha absorveram 63% do total das exportações da indústria alimentar e das bebidas.
Face à primeira metade do ano passado - assinala a FIPA - o défice da balança comercial da indústria alimentar e das bebidas decresceu.
Impostos "criam entraves"
"O setor agroalimentar nacional continua a crescer muito à custa do aumento das exportações e ganhos de quota internacionais, dada a qualidade e inovação dos produtos portugueses. No entanto, incongruências no IVA e os Impostos Especiais sobre o Consumo criam entraves às empresas, sobretudo, no mercado interno o que as leva a procurar alternativas noutras geografias", afirma o presidente da FIPA, Jorge Henriques, citado no mesmo comunicado, enviado esta quarta-feira às redações.
A FIPA sublinha que a indústria alimentar e das bebidas é a indústria transformadora que mais contribui para a economia nacional, tanto em volume de Negócios (22,4 mil milhões) como em valor acrescentado bruto (3,8 mil milhões) e a que mais emprego gera, sendo responsável por mais de 112 mil postos de trabalho diretos e cerca de 500 mil indiretos.