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Exportações da indústria alimentar e bebidas crescem 6,8% em 2023, mas setor quer mais (incluindo políticas)

FIPA desafia o próximo governo a ter "uma visão clara relativamente à criação de uma rede de infraestruturas sólida e competitiva, políticas económicas e diplomáticas de incentivo à exportação, além de maior empenho no eliminar de barreiras alfandegárias em várias latitudes".

Congelados, supermercado, comida
Jorge Paula
15 de Fevereiro de 2024 às 15:13
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As exportações da indústria alimentar e das bebidas atingiram 7.526 milhões de euros em 2023, refletindo um crescimento de 6,86% face a igual período de 2022, mas o setor quer mais, incluindo "compromissos do próximo Governo".

À luz dos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), compilados pela Federação das Indústrias Portuguesas Agroalimentares (FIPA), o pódio do crescimento das exportações dentro da União Europeia foi ocupado pela Eslováquia (35,40%), Irlanda (31,09%) e Polónia (30,20%). Com efeito foi, no entanto, para o Peru (91,05%) e para a Mauritânia (61,05%) que as vendas ao exterior da indústria alimentar e de bebidas mais cresceram comparativamente a 2022.

E, segundo a FIPA, "curiosamente", as exportações para países tradicionalmente parceiros como Angola e Itália registaram um abrandamento de 25,49% e 8,53%, respetivamente.

"A conjuntura, nacional e internacional, é desafiante e embora os números deixem perceber um incremento ao nível das exportações, como previsto, o setor ambiciona mais", diz o presidente da FIPA, Jorge Henriques, citado num comunicado, enviado esta quinta-feira às redações.

Embora salientando que "o setor tem vindo a penetrar em novos mercados", o que "permite manter a esperança de alcançar a meta dos 10 mil milhões de euros em exportações de acordo com os objetivos traçados", ou seja, até 2025, Jorge Henriques desafia o próximo governo a ter "uma visão clara relativamente à criação de uma rede de infraestruturas sólida e competitiva, políticas económicas e diplomáticas de incentivo à exportação, além de maior empenho no eliminar de barreiras alfandegárias em várias latitudes".

Uma visão que se impõe, na perspetiva da FIPA, considerando que "a indústria alimentar e das bebidas é a indústria transformadora que mais contribui para a economia nacional, tanto em volume de negócios (22,4 mil milhões de euros) como em valor acrescentado bruto (VAB, 3,8 mil milhões)", além de ser "a primeira indústria transformadora que mais emprego gera – é responsável por mais de 112 mil postos de trabalho diretos e cerca de 500 mil indiretos".
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