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Dados do emprego pressionam ouro e animam dólar
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta segunda-feira.
Juros da dívida de Portugal sobem a 10 anos para máximo desde julho
Os juros da dívida portuguesa estavam hoje subir a dois, a cinco e a 10 anos - no prazo mais longo para um máximo desde julho e alinhados com os de Espanha e Itália.
Os juros da dívida soberana italiana avançam 6,4 pontos base para 3,830%, enquanto a rendibilidade das dívidas espanhola e francesa sobem 4,8 e 4,4 pontos base para 3,309% e 3,469%.
Os juros da dívida soberana britânica a 10 anos seguem a subir 4,6 pontos base para 4,881%, em máximos de 2008 e aproximam-se da fasquia dos 5%.
Já juros das Bunds alemãs a 10 anos, de referência para a Zona Euro, agravam-se 2,5 pontos base para 2,616%.
A nível nacional, as yields da dívida portuguesa a dez anos sobem 5,5 pontos para 3,075%, depois de a República ter angariado na semana passada quatro mil milhões de euros em dívida a dez anos.
Dados do emprego pressionam ouro e animam dólar
Os preços do ouro seguem a desvalorizar ligeiramente esta manhã, depois, na sexta-feira, ter sido divulgada a taxa de desemprego nos EUA, que desceu, bem como dados que indicam uma aceleração na criação de emprego. São números que vêm dar força à postura cautelosa da Reserva Federal (Fed) norte-americana em relação a futuros cortes de juros.
O ouro segue assim a desvalorizar 0,09% para 2.687,21 dólares por onça .
Sanções à Rússia dão força ao petróleo. WTI e Brent ganham mais de 1,5%
O petróleo segue a valorizar, atingindo um máximo de quatro meses, à boleia das recém anunciadas sanções à indústria petrolífera russa.
A esta hora, o contrato de fevereiro do West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – avança 1,68% para os 77,86 dólares por barril. Já o contrato de março do Brent – de referência para o continente europeu – soma 1,55% para os 81,00 dólares.
A dias de passar a liderança da Casa Branca a Donald Trump, Joe Biden impôs mais um pacote de sanções à indústria petrolífera da Rússia. O Presidente cessante tenta encontrar, assim, formas de aumentar a vantagem da Ucrânia nas negociações de paz com Vladimir Putin antes de Trump assumir o poder.
As medidas anunciadas na passada sexta-feira visam duas empresas que gerem mais de um quarto das exportações de crude da Rússia por via marítima: a Gazprom Neft e a Surgutneftegas, que exportaram cerca de 970 mil barris por dia nos primeiros dez meses de 2024, cerca de 30% das vendas russas.
A administração de Biden sancionou ainda seguradoras e 180 embarcações de comerciais vitais ao negócio, de acordo com um relatório a que a Reuters teve acesso.
Estas são as sanções mais agressivas que Washington já aplicou a Moscovo desde que estalou a guerra na Ucrânia há mais de dois anos.
Estas sanções podem causar especiais dificuldades à Índia e à China, cujas refinarias dependem do petróleo russo, vendo-se agora obrigadas a procurar alternativas.
Na China, de acordo com a Bloomberg, refinarias em Shandong convocaram reuniões de emergência para tentarem perceber se ainda podiam usar o crude que estava em trânsito na altura do anúncio das sanções. Já na Índia, as refinarias esperam enormes perturbações durante pelo menos seis meses.
As sanções vêm impulsionar ainda mais os preços do petróleo, que já vinham a subir, incentivados pelo frio, pela queda dos stocks de crude nos EUA e pela especulação em torno da postura que Donald Trump poderá adotar em relação ao petróleo iraniano.
Europa aponta para perdas. Ásia em queda após dados do emprego nos EUA
Os principais índices europeus estão a apontar para uma descida na abertura, seguindo a mesma tendência registada nas ações asiáticas. Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 cedem 0,3%.
Os investidores reagem aos dados de criação de emprego nos Estados Unidos, divulgados na passada sexta-feira, mais fortes do que o esperado. O mercado de trabalho norte-americano está mais robusto, alimentando as expetativas de um adiamento de cortes de taxas de juro pela Reserva Federal.
"O mercado acredita que vão haver cada vez menos cortes. Nesta altura ainda há muita incerteza, pelo menos no que diz respeito às políticas de Trump", diz Eugenia Victorino, da Skandinaviska Enskilda Banken AB, citada pela Bloomberg.
Na Ásia, o MSCI Asia-Pacific – que é composto por cinco mercados desenvolvidos e oito emergentes - registou a quarta sessão consecutiva de perdas (-1,1%), com os índices de referência a cederem em toda a região. No acumulado do mês, o "benchmark" já perde 3%.
Na China, em Hong Kong, o Hang Seng perdeu 1,1%, enquanto o Shanghai Composite recuou 0,33%. No Japão, o Topix caiu 0,8% e o Nikkei desvalorizou 1,05%. Na Coreia do Sul, o Kospi cede 0,24%.