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Dezenas de lesados do BES gritaram "gatuno" à porta da casa de Carlos Costa

Dezenas de clientes do Banco Espírito Santo (BES) que investiram em papel comercial do Grupo Espírito Santo (GES) concentraram-se à porta da casa do governador do Banco de Portugal (BdP), em Lisboa, a exigir o pagamento do dinheiro investido.

Miguel Baltazar/Negócios
21 de Março de 2015 às 20:00
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Ao ritmo de buzinas e de bombos, os manifestantes gritam "gatuno" na rua de acesso ao prédio onde Carlos Costa mora, no Parque das Nações, depois de, durante a manhã, terem estado em protesto junto ao Centro de Congressos de Lisboa (antiga FIL).

 

O veterano de guerra Francisco Machado, de 66 anos, marca o ritmo do protesto com os batuques ininterruptos num bombo, circulando entre os manifestantes, que apenas conheceu em Janeiro quando percebeu que o "depósito que tinha feito, sem qualquer risco, numa empresa do grupo GES não seria pago".

 

"Disseram-me que era um depósito no grupo dono do BES e, como em cerca de 20 anos, nunca tive problemas com o banco nem questionei", acrescentou.

 

Levantou-se às duas horas da manhã para viajar de autocarro de Arcos de Valdevez até Lisboa para participar no protesto, mas não dá sinais de cansaço, prometendo só baixar os braços quando "as economias de uma vida" lhe forem pagas "com juros".

 

Em declarações à Lusa, Francisco Machado mostrou-se confiante que a história dos clientes do BES que compraram papel comercial do GES terá um final feliz, porque "quem tem razão, tem que vencer".

 

"Fraco com os poderosos, implacável com os cidadãos lesados" é acusação dos manifestantes à actuação do governador do Banco de Portugal, expressa através de cartazes, a quem exigem que faça uso da provisão que está no Novo Banco e "mande pagar as poupanças de uma vida".

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