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Debate ao Banif começa com esquerda a atacar Governo de Passos

João Galamba, Mariana Mortágua e Miguel Tiago lançaram críticas à inacção do Governo de Passos e Maria Luís Albuquerque. O PSD responde que aqueles partidos já têm as suas conclusões.

22 de Janeiro de 2016 às 10:52
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Partido Socialista, Bloco de Esquerda e Partido Comunista Português juntaram-se, no debate em torno do Banif, para a constituição de uma comissão parlamentar de inquérito, no ataque ao Executivo liderado por Pedro Passos Coelho e em que Maria Luís Albuquerque foi a ministra das Finanças.

 

O deputado comunista Miguel Tiago abriu as hostilidades ao acusar o Governo de Passos Coelho de se ter "demitido" de acompanhar a instituição financeira, permitindo que o "banco continuasse a sua gestão" sem impor obrigações.

 

João Galamba, do PS, também falou no mesmo sentido, lembrando que os deputados sempre foram perguntando ao Governo o que se passava com o banco fundado por Horácio Roque. "A única coisa que diziam é que não havia problema nenhum".

No lado do Bloco de Esquerda (que com o PS, PCP e PEV avançou com um texto conjunto para a comissão de inquérito, paralelo à iniciativa do PSD e a outra do CDS), Mariana Mortágua deixou claro que "quem tem de responder" às perguntas no debate sobre o Banif é o Executivo da coligação PSD e CDS. E disse mesmo que era uma "distinta lata" o PSD vir ao Parlamento lançar dúvidas sobre o Governo de António Costa, com "dois meses de poder", esquecendo os anos do anterior Executivo.

 

E se a esquerda estava ao ataque, o PSD optou por defender-se. "Eu ia responder às perguntas [feitas pelos outros partidos], mas não foram bem perguntas, foram mais conclusões. "Quiseram começar e acabar a comissão de inquérito em seis meses", atirou o deputado social-democrata António Leitão Amaro, assegurando que o PSD não receia as investigações. "Queremos um apuramento da verdade, doa a quem doer", reiterou.

 

Sem pagar a ajuda solicitada em 2012, a Comissão Europeia abriu uma investigação aprofundada para averiguar se o auxílio era ilegal. Com essa possibilidade, as autoridades nacionais avançaram para a intervenção no banco através de uma medida de resolução: os accionistas e titulares de dívida subordinada ficaram num Banif esvaziado de activos; grande parte da actividade foi vendida ao Santander Totta por 150 milhões; os activos, como imóveis, que o banco de capitais espanhóis não quis ficaram num veículo, chamado de Oitante. No meio, houve uma intervenção estatal com uma injecção de 2.255 milhões de euros (que poderá chegar aos 3.000 milhões se forem executadas as garantias dadas pelo Estado para eventuais desvalorizações inesperadas nos activos saídos do Banif). 

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