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PS sobre Banif: "Decisão do Governo foi a menos má"

O deputado do PS-Madeira, Carlos Pereira, fala na "dormência" do Executivo de Passos Coelho, que - argumenta - prejudicou os contribuintes. E defende a actuação do Governo de António Costa.

Rafael Marchante/Reuters
22 de Janeiro de 2016 às 11:26
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O Partido Socialista defende que a intervenção no Banif, com venda ao Santander Totta, por uma factura que pode ascender a 3.000 milhões de euros, foi a "menos má".

 

Pela voz do deputado Carlos Pereira, do PS-Madeira, essa é uma conclusão "muito clara". "O Governo do PS foi obrigado a decidir muito rapidamente" quando o banco do Funchal estava já "fragilizado". Ainda assim, admite que a decisão é "necessariamente má".

Contudo, como tem acontecido pelos partidos da esquerda do espectro político, as responsabilidades são atiradas para o Governo de Passos Coelho: "Assistimos a uma dormência e a uma desfaçatez da anterior coligação em relação à situação do banco", referiu o deputado, durante o debate desta sexta-feira no Parlamento para a constituição de uma comissão parlamentar de inquérito ao caso Banif.

 

Carlos Pereira falou igualmente em "desleixo". "O Banif é um caso sério de perdas para os contribuintes porque optou pelo umbigo político-partidário, negligenciando" o interesse público, acrescentou, lembrando que muita da acção do Executivo da coligação se deveu à tentativa de não estragar a "saída limpa" do país da ajuda financeira internacional.

 

O PS juntou-se ao BE, PCP e PEV para avançar com um texto conjunto para a comissão parlamentar de inquérito ao Banif, paralelo às iniciativas sugeridas pelo PSD e pelo CDS.

 

Sem o Banif pagar a ajuda solicitada em 2012, a Comissão Europeia abriu uma investigação aprofundada para averiguar se o auxílio era ilegal. Com essa possibilidade, as autoridades nacionais avançaram para a intervenção no banco através de uma medida de resolução: os accionistas e titulares de dívida subordinada ficaram num Banif esvaziado de activos; grande parte da actividade foi vendida ao Santander Totta por 150 milhões; os activos, como imóveis, que o banco de capitais espanhóis não quis ficaram num veículo, chamado de Oitante.

No meio, houve uma intervenção estatal com uma injecção de 2.255 milhões de euros (que poderá chegar aos 3.000 milhões se forem executadas as garantias dadas pelo Estado para eventuais desvalorizações inesperadas nos activos saídos do Banif). 

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