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PSD quer auditoria externa ao Banif para análise “sem critérios políticos e partidários”

António Leitão Amaro pretende uma auditoria externa e independente ao Banif, que diz que o país “precisa”, e que seja complementar à comissão de inquérito ao banco. E vai deixando já o guião dos social-democratas na iniciativa parlamentar.

Bruno Simão/Negócios
22 de Janeiro de 2016 às 10:25
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O Partido Social Democrata (PSD) pretende uma auditoria externa e independente ao Banif. "Externa para uma análise técnica e especializada"; "Independente para ser com imparcialidade, sem juízos nem critérios políticos e partidários", explicou o deputado social-democrata António Leitão Amaro, esta sexta-feira, 22 de Janeiro.

 

A realização de uma auditoria externa e independente será complementar à comissão parlamentar de inquérito, que os vários partidos propõem esta sexta-feira e que serão votadas em Plenário.

 

"É o país que pede a auditoria externa e independente e ninguém compreenderia que se recuasse. O país precisa desta auditoria tal como precisa desta comissão de inquérito, doa a quem doer", afirmou Leitão Amaro, que foi secretário do Estado do anterior Governo.

 

A auditoria externa proposta pelo PSD, que será feita com uma escolha em concurso público, deverá ajudar a comissão de inquérito: "não substitui mas complementa e até pode ajudar a comissão parlamentar", sugeriu o deputado. Os social-democratas avançaram sozinhos com uma proposta para a comissão, o CDS com uma outra iniciativa e a esquerda optou por seguir em conjunto.

 

Sobre as perguntas a deixar na comissão de inquérito, António Leitão Amaro deixou já um guião: "porquê uma factura tão grande num banco desta dimensão; porque foram os contribuintes a pagar a factura; quais as práticas de gestão; porque é que o Estado fez uma recapitalização em 2013; qual a origem da notícia da TVI, a 13 de Dezembro, que causou "a primeira corrida aos depósitos em Portugal"; qual o motivo da desvalorização de 75% dos activos que transitaram do Banif para o Totta e para o Oitante; "porque este 'jackpot' para o Santander que pagou 150 milhões para receber este banco limpinho".

 

Sem pagar a ajuda solicitada em 2012, a Comissão Europeia abriu uma investigação aprofundada para averiguar se o auxílio era ilegal. Com essa possibilidade, as autoridades nacionais avançaram para a intervenção no banco através de uma medida de resolução: os accionistas e titulares de dívida subordinada ficaram num Banif esvaziado de activos; grande parte da actividade foi vendida ao Santander Totta por 150 milhões; os activos, como imóveis, que o banco de capitais espanhóis não quis ficaram num veículo, chamado de Oitante. No meio, houve uma intervenção estatal com uma injecção de 2.255 milhões de euros (que poderá chegar aos 3.000 milhões se forem executadas as garantias dadas pelo Estado para eventuais desvalorizações inesperadas nos activos saídos do Banif). 

 

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