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Danske Bank formalmente acusado de lavagem de dinheiro pela justiça dinamarquesa

A investigação à actividade do braço do Danske na Estónia, entre 2007 e 2015, materializa-se agora em quatro acusações, as quais apontam para crimes de branqueamento de capitais.

Reuters
28 de Novembro de 2018 às 15:57
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O dinamarquês Danske Bank comunicou ter sido alvo de acusações preliminares pela justiça dinamarquesa na sequência das suspeitas de branqueamento de capitais através do braço do banco na Estónia.

As quatro acusações de branqueamento de capitais são referentes ao período entre Fevereiro de 2007 e Janeiro de 2016, revelou a instituição. O processo é instaurado pelo promotor do Estado dinamarquês para crimes económicos e internacionais graves (SOIK, na sigla em inglês).

O SOIK também esclareceu que as acusações preliminares se dirigem ao Danske Bank como instituição, não dizendo respeito a indivíduos em específico. O banco é acusado de não ter verificado o cumprimento das regras internacionais por parte da unidade na Estónia, de não ter adoptado mecanismos que permitissem identificar se o dinheiro se destinava a pessoas politicamente expostas, de não ter suficiente conhecimento acerca dos clientes não-residentes e, finalmente, de não escrutinar com regularidade as transacções processadas. 

Na Estónia, a polícia suspeita que os montantes envolvidos na lavagem de dinheiro ascendam a 11 mil milhões de euros entre 2011 e 2016 e uma investigação independente, contratada pelo próprio banco, indicou posteriormente que apenas num ano as suspeitas apontam para que tivesse sido branqueados 26 mil milhões de euros de dinheiro russo nesta unidade.

No passado mês de Setembro, o Danske escreveu num relatório interno que pagamentos no valor de 200 mil milhões de euros, dos quais muitos eram descritos como "suspeitos", foram movimentados através da unidade do grupo na Estónia entre 2007 e 2015.

"Vamos, é claro, cooperar com o SOIK e colocar-nos a nós e o nosso conhecimento à disposição em relação à investigação corrente", declarou Jesper Nielsen, o CEO do Danske Bank.  

Além das autoridades dinamarquesas, também o Departamento de Justiça dos EUA abriu uma investigação sobre a actividade da instituição na Estónia.

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