Notícia
Ex-CEO do Danske na Estónia encontrado morto
Rehe esteve ao leme do Danske na Estónia durante os anos em que surgiu um esquema de branqueamento de capitais dentro da instituição.
O antigo responsável pelo Danske Bank na Estonia, Aivar Rehe, foi encontrado morto depois de ter sido dado como desaparecido na manhã de segunda-feira.
O ex-líder do banco esteve à frente da instituição quando emergiu um escândalo de lavagem de dinheiro envolvendo uma quantia em torno de 230 mil milhões de dólares. Abandonou o cargo em 2015.
Rehe estava desaparecido desde que saiu da respetiva residência há dois dias, em Tallin. A polícia já tinha avançado que o ex-CEO estaria potencialmente em perigo, sendo que o cenário de suicídio também foi considerado.
A polícia na Estónia fez o anúncio da morte sem apresentar mais detalhes, mas deverá ser emitida uma comunicação oficial em breve.
O antigo responsável não constava da lista de suspeitos na investigação do caso de lavagem de dinheiro e também não foi um dos detidos pela polícia, no ano passado, no âmbito deste caso.
O Danske Bank é atualmente alvo de várias investigações em países europeus e também nos Estados Unidos. O maior banco dinamarquês foi o centro de lavagem de 230 mil milhões de dólares com origem na Estónia durante 2007 e 2015. Em novembro do ano passado, o banco comunicou ter sido alvo de acusações preliminares pela justiça dinamarquesa na sequência das suspeitas de branqueamento de capitais através do braço do banco na Estónia.
O banco é acusado de não ter verificado o cumprimento das regras internacionais por parte da unidade na Estónia, de não ter adotado mecanismos que permitissem identificar se o dinheiro se destinava a pessoas politicamente expostas, de não ter suficiente conhecimento acerca dos clientes não-residentes e, finalmente, de não escrutinar com regularidade as transacções processadas.
O dinheiro e ativos suspeitos terão maioritariamente origem russa. A polícia aponta para quatro esquemas diferentes em que foram usadas contas não residentes para transaccionar obrigações e ações russas.
O banco admitiu depois que fez "muito pouco, muito demoradamente". "Concordamos que devíamos ter percebido a profundidade e a abrangência dos problemas na Estónia numa fase mais inicial e devíamos ter reagido mais rápida e eficazmente", comentou Thomas F. Borgen, o presidente executivo, num comunicado divulgado em Maio do ano passado.