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Ex-CEO do Danske na Estónia encontrado morto

Rehe esteve ao leme do Danske na Estónia durante os anos em que surgiu um esquema de branqueamento de capitais dentro da instituição.

Danske Bank A/S
Freya Ingrid Morales/Bloomberg
25 de Setembro de 2019 às 09:52
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O antigo responsável pelo Danske Bank na Estonia, Aivar Rehe, foi encontrado morto depois de ter sido dado como desaparecido na manhã de segunda-feira.

 

O ex-líder do banco esteve à frente da instituição quando emergiu um escândalo de lavagem de dinheiro envolvendo uma quantia em torno de 230 mil milhões de dólares. Abandonou o cargo em 2015.

 

Rehe estava desaparecido desde que saiu da respetiva residência há dois dias, em Tallin. A polícia já tinha avançado que o ex-CEO estaria potencialmente em perigo, sendo que o cenário de suicídio também foi considerado.

 

A polícia na Estónia fez o anúncio da morte sem apresentar mais detalhes, mas deverá ser emitida uma comunicação oficial em breve.

 

O antigo responsável não constava da lista de suspeitos na investigação do caso de lavagem de dinheiro e também não foi um dos detidos pela polícia, no ano passado, no âmbito deste caso.

O Danske Bank é atualmente alvo de várias investigações em países europeus e também nos Estados Unidos. O maior banco dinamarquês foi o centro de lavagem de 230 mil milhões de dólares com origem na Estónia durante 2007 e 2015. Em novembro do ano passado, o banco comunicou ter sido alvo de acusações preliminares pela justiça dinamarquesa na sequência das suspeitas de branqueamento de capitais através do braço do banco na Estónia.

O banco é acusado de não ter verificado o cumprimento das regras internacionais por parte da unidade na Estónia, de não ter adotado mecanismos que permitissem identificar se o dinheiro se destinava a pessoas politicamente expostas, de não ter suficiente conhecimento acerca dos clientes não-residentes e, finalmente, de não escrutinar com regularidade as transacções processadas. 

O dinheiro e ativos suspeitos terão maioritariamente origem russa. A polícia aponta para quatro esquemas diferentes em que foram usadas contas não residentes para transaccionar obrigações e ações russas. 

O banco admitiu depois que fez "muito pouco, muito demoradamente". "Concordamos que devíamos ter percebido a profundidade e a abrangência dos problemas na Estónia numa fase mais inicial e devíamos ter reagido mais rápida e eficazmente", comentou Thomas F. Borgen, o presidente executivo, num comunicado divulgado em Maio do ano passado.

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