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Credit Suisse avalia aumento de capital de 2.900 milhões

O reforço de capitais poderá acontecer pela venda directa e colocação acelerada de acções junto de investidores. Os títulos reagem com uma queda superior a 3% na bolsa de Zurique.

Bloomberg
23 de Março de 2017 às 15:15
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O Credit Suisse está a ponderar reforçar o seu capital em 3.100 milhões de francos suíços (cerca de 2.900 milhões de euros à cotação actual), com venda directa e colocação acelerada junto de grandes investidores.

A notícia é avançada por fontes não identificadas e citadas pela Bloomberg, que acrescenta que o banco suíço está a ponderar levantar nos mercados até 5.000 milhões de francos suíços (4.670 milhões de euros à cotação actual), uma operação que será realizada na primeira metade deste ano.

Este reforço – dependente da aprovação dos accionistas - substituiria uma outra hipótese em estudo e que passava pela colocação em bolsa da unidade suíça do banco. Não há ainda decisões tomadas sobre qual o caminho a seguir e fonte do Credit Suisse não quis comentar a informação da Bloomberg.

A necessidade de melhoria dos níveis de capital evidenciou-se quando o banco teve de acomodar nas suas contas os 5.280 milhões de dólares (4.900 mil milhões de euros à cotação actual) resultantes de um acordo com as autoridades judiciais norte-americanas para encerrar um processo judicial relacionado com a venda de activos hipotecários tóxicos.

A notícia de um eventual aumento de capital do Credit Suisse surge numa altura em que outro grande banco europeu, o Deutsche Bank, tem em curso um aumento de capital de 8.000 milhões de euros para reforçar capitais e impulsionar o crescimento. O banco germânico chegou a acordo com o Departamento de Justiça dos EUA na mesma altura que o Credit Suisse, concordando em pagar 7.200 milhões de dólares (6.670 milhões de euros) também pela venda de activos tóxicos.

O período de negociação dos direitos de subscrição associados ao aumento de capital do Deutsche Bank arrancou na terça-feira e prolonga-se até 4 de Abril. Já em Fevereiro passado uma outra grande instituição europeia, o maior banco italiano, o UniCredit, levantou 13.000 milhões de euros numa emissão de novas acções, valor destinado a reforçar capitais depois de uma limpeza de balanços.

Os títulos do Credit Suisse recuam 3,16%, na sexta queda consecutiva, levando o valor para um mínimo intradiário de mês e meio de 14,38 francos suíços.

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