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Credit Suisse com prejuízos de 2,2 mil milhões de euros no quarto trimestre

O banco sediado em Zurique completou o segundo ano consecutivo de resultados negativos, depois de ter fechado o quarto trimestre de 2016 com prejuízos de 2,2 mil milhões de euros, um valor pior do que o esperado.

Bloomberg
14 de Fevereiro de 2017 às 07:47
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O Credit Suisse fechou o último trimestre do ano passado com prejuízos de 2,35 mil milhões de francos suíços (cerca de 2,20 mil milhões de euros, à cotação actual) depois de ter constituído provisões para fechar um acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos no âmbito de um processo por venda irregular de instrumentos financeiros relacionados com hipotecas que contribuíram para a crise financeira de 2008.

Os números, que resultaram no segundo ano consecutivo de prejuízos para a instituição sediada em Zurique, foram piores do que o esperado, já que os analistas consultados pela Bloomberg antecipavam perdas de 2,07 mil milhões de francos suíços.

Segundo os resultados divulgados esta terça-feira, 14 de Fevereiro, entre Outubro e Dezembro, o banco realizou provisões de 2,17 mil milhões de francos para questões legais, incluindo para a coima de 5,3 mil milhões de francos devida às autoridades norte-americanas.

O ano passado "foi o primeiro ano completo de implementação da nossa nova estratégia e, por isso, 12 meses desafiadores e agitados", afirmou o presidente executivo Tidjane Thiam no comunicado citado pela Bloomberg. "Graças aos nossos clientes e à dedicação das nossas equipas, fizemos um bom progresso nos nossos objectivos-chave".

Ainda que o acordo com as autoridades norte-americanas tenha colocado um fim à incerteza em torno do processo, penalizou os níveis de capital da instituição. O Credit Suisse fechou o ano com um rácio Core Tier1 de 11,6%, abaixo dos 12% de Setembro.

Tal como outros grandes bancos europeus, o Credit Suisse está a implementar medidas com o objectivo de cortar as despesas, num ambiente de baixas taxas de juro, que penalizam a rentabilidade, e de regras que exigem que os bancos detenham mais reservas.

Thiam aumentou os cortes de custos em Dezembro pela segunda vez desde que apresentou a sua estratégia no final de 2015. A banca de investimento em Nova Iorque e Londres suportou o peso de cerca de 6.000 empregos eliminados no ano passado. Em Janeiro, o CEO disse que a maior parte desse emagrecimento já está feito, ainda que os benefícios só devam ser visíveis em 2018. 

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