Notícia
Credit Suisse vai cortar até 6.500 postos de trabalho este ano
Apesar do plano de redução de custos e dos prejuízos de 2,2 mil milhões de euros no último trimestre, o banco vai manter o dividendo de 0,70 francos suíços por acção.
O Credit Suisse vai continuar a reduzir a sua força de trabalho, com o corte de mais 5.500 a 6.500 postos de trabalho este ano. O anúncio foi feito esta terça-feira, 14 de Fevereiro, pelo CFO David Mathers numa conference call com analistas, depois de o banco ter revelado que fechou o último trimestre do ano passado com prejuízos superiores ao esperado.
No ano passado, o segundo maior banco da Suíça já havia cortado 7.250 postos de trabalho, como parte de um plano de redução de custos e de maior foco na gestão de fortunas.
"Definimos uma meta entre 5.500 e 6.500 para 2017", afirmou David Mathers, após a apresentação dos resultados.
O Credit Suisse anunciou ainda que se está a preparar para vender 20 a 30% do seu negócio na Suíça numa oferta pública inicial (IPO), ainda que não feche a porta a alternativas para reforçar o seu balanço.
"Vamos continuar a preparar o IPO para a segunda metade de 2017", anunciou o CEO Tidjane Thiam, na conference call. "Dito isto, também vamos continuar a analisar a evolução do nosso ambiente regulatório e examinar um vasto conjunto de opções para determinar se existem maneiras de alcançar um resultado mais atractivo para os nossos accionistas".
Esta manhã, o banco anunciou que fechou o último trimestre do ano passado com prejuízos de 2,35 mil milhões de francos suíços (cerca de 2,20 mil milhões de euros, à cotação actual) depois de ter constituído provisões para fechar um acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos no âmbito de um processo por venda irregular de instrumentos financeiros relacionados com hipotecas que contribuíram para a crise financeira de 2008.
Apesar dos resultados, o banco propôs manter o dividendo em 0,70 francos por acção, em linha com as expectativas do mercado.
As acções do Credit Suisse estão a subir 3,05% para 15,21 euros, depois de terem chegado a avançar um máximo de 4,20%.