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Administradores do Credit Suisse abdicam de quase metade dos bónus

Entre os administradores que aceitaram o corte está o CEO, Tidjane Thiam, que em 2016 recebeu uma remuneração de 12 milhões de francos suíços (11,2 milhões de euros).

Reuters
14 de Abril de 2017 às 11:08
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Doze  administradores de topo do banco Credit Suisse concordaram em prescindir de 40% dos seus bónus relativos ao exercício de 2016, depois da pressão nesse sentido imposta pelo poder político e pelos accionistas.

Em causa estão, de acordo com o Financial Times, 78 milhões de francos suíços (73 milhões de euros à cotação actual) atribuídos aos executivos no início deste ano, apesar de a instituição ter registado em 2016 prejuízos de 2.700 milhões de francos suíços (2.530 milhões de euros).

Duas empresas representantes dos accionistas opuseram-se à concessão dos prémios, tal como um deputado suíço, Thomas Minder.

"Alguns accionistas expressaram reservas quanto à compensação variável atribuída à administração executiva," afirmou esta quinta-feira o banco em comunicado. 

Entre os administradores que aceitaram o corte está o CEO, Tidjane Thiam (na foto), que em 2016 recebeu uma remuneração de 12 milhões de francos suíços (11,2 milhões de euros).

"A minha maior prioridade é ver para lá da reestruturação do Credit Suisse em curso. (...) Espero que esta decisão contribua para acalmar algumas das preocupações manifestadas por alguns accionistas e permita à equipa executiva continuar a concentrar-se no trabalho que tem em mãos," escreveu Thiam numa carta a accionistas.

O Wall Street Journal escreve que, além do corte na remuneração variável, também a remuneração fixa será congelada. E recorda que o montante destinado ao pagamento de bónus de 2016 foi elevado no mês passado em 6% para mais de 3.000 milhões de francos suíços (2.800 milhões de euros), no que a Bloomberg refere ser um "esforço para reter talento" no banco.

Ao contrário, Deutsche Bank e UBS terão reduzido o montante destinado ao pagamento de bónus, acrescenta a agência noticiosa.
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