A necessidade de melhoria dos níveis de capital evidenciou-se quando o banco teve de acomodar nas suas contas 4.900 mil milhões de euros à cotação actual pagos para encerrar processos judiciais nos EUA.

A reacção a este anúncio foi negativa, com os investidores a castigarem o banco, mas nem os resultados, nem a queda das acções dissuadiu a gestão do Credit Suisse de aprovar um aumento dos bónus pagos à administração.

Apesar do mau desempenho, o banco revelou que vai pagar mais 6% em prémios, sendo que o "chairman" da instituição, Urs Rohner, vai receber mais 23% em compensações, elevando para quatro milhões de dólares o valor a que tem direito em bónus, relativos aos últimos 12 meses. Prémios maiores, naquilo que o Credit Suisse considera um ano de "transição significativa", uma transição que penaliza accionistas e investidores, mas não os gestores da instituição que tomaram as decisões que culminaram nestes resultados.

Depois de uma crise financeira, para a qual em grande medida contribuíram os bónus descontrolados, parece que nada se aprendeu.